O São Paulo estuda maneiras para minimizar os efeitos da
crise financeira causada pela paralisação das competições em decorrência da
pandemia do coronavírus. Dentro de pacotes de possíveis medidas, o clube
apresentou um plano de redução salarial para os jogadores de 50%, com teto de
até R$ 50 mil -quem receber menos não teria esse corte. A oferta foi recusada
pelos atletas. Mesmo assim, o clube, segundo apurou a reportagem, está disposto
a colocá-la em prática.
Dirigentes discutem internamente qual seria o melhor caminho para seguir. A
linha defendida pela maior parte dos diretores é a de impor o desejo do clube,
como fez o Atlético-MG. No caso, a equipe de Belo Horizonte diminuiu os
rendimentos dos atletas em até 25% sem que ele fossem ouvidos para ajustar a
situação.
Já na situação do São Paulo, os jogadores preferiram entrar em férias de 20
dias para depois decidir qual caminho seguir. Assim, eles teriam um cenário
mais bem definido de quando as competições devem ser retomadas.
Um questionamento feito pelos atletas é a existência de débitos em aberto. O
clube deve, na maior parte dos casos, dois meses de direitos de imagem. O clube
queria arcar com essas dívidas, mas não pagar em dia os direitos nos próximos
três meses.
Vale destacar que o São Paulo já enfrentava uma crise financeira muito antes da
pandemia. O clube fechou a temporada 2019 com um déficit de R$ 156 milhões em
seu balanço.
Fonte: Folha press