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Bom jogador, mas em baixa e sofrendo com lesões há cinco anos... Carlos Eduardo é uma boa aposta para o Galo?

Meia canhoto tem talento, bate bem na bola e é habilidoso, mas vive péssimo momento na carreira; o Atlético-MG conseguirá recuperá-lo?

20/04/2016 11:00

(Foto: Getty Images)

Assim como Clayton, Carlos Eduardo vai reforçar o Atlético-MG na fase final da Copa Libertadores da América. O Galo já está classificado para as oitavas de final com uma das melhores campanhas (foi o primeiro colocado do grupo 5, com 13 pontos) e pode trocar até três jogadores dos 30 inscritos na fase de grupos. O time mineiro ainda não sabe qual será o seu adversário no próximo estágio da competição.

É uma boa?

Inegavelmente, Carlos Eduardo é bom jogador. Meia-atacante canhoto, ele tem habilidade, boa técnica, qualidade no passe, visão de jogo e bate bem na bola. É bom articulador de jogadas, chega bem ao ataque, inclusive para finalizar, e tem qualidade para criar espaços com dribles e boa movimentação. Revelado pelo Grêmio, em 2007, onde surgiu muito bem como uma das grandes revelações do futebol brasileiro, se transferiu no mesmo ano para o Hoffenheim, comprado por 7 milhões de euros.

No ex-clube também de Roberto Firmino, o meio-campista brilhou. Com a camisa 10 e sendo a grande referência do time antes do hoje jogador do Liverpool, Carlos Eduardo teve grande passagem durante seus três anos na Alemanha. Na Copa do Mundo de 2010, ele inclusive foi convocado por Dunga entre os sete suplentes, mas acabou não indo para a África do Sul.

Carlos Eduardo fez ótima combinação com Ibisevic e Demba Ba no Hoffenheim ​(Foto: Getty Images)

A valorização foi enorme, e em 2010, o Rubin Kazan o contratou por 20 milhões de euros. Apenas três anos após comprá-lo, o Hoffenheim lucrava € 13 mi. Na época, a grande dúvida era se Carlos Eduardo iria brilhar o suficiente para seguir ganhando chances na Seleção Brasileira. No entanto, tudo deu errado e o meia sequer conseguiu se destacar no futebol russo.

Após um início promissor com gols e ótimas atuações inclusive na Uefa Champions League, Carlos Eduardo passou a sofrer com as lesões. Entre 2011 e 2013 foram cinco, e ele pouco atuou pelo time russo. Foi então que ele foi emprestado ao Flamengo, em uma transferência que visava ajudar todos os lados: um bom reforço, de nível internacional para o Rubro-negro; uma chance do jogador recuperar sua carreira; e do Rubin Kazan ver seu meia voltar a jogar bem e voltar em alta para a Rússia ou ao menos lucrar com uma negociação.

No entanto, tudo deu errado.

Com atuações apagadas, Carlos Eduardo não se firmou como titular, sendo muitas vezes reserva da equipe carioca. A pressão era enorme e a torcida, além o vaiar constantemente, pediu sua saída algumas vezes. O meia conquistou a Copa do Brasil pelo Mengão, mas não foi destaque da equipe e sequer titular. Além disso, durante todo o ano de 2013, marcou apenas um gol pelo Flamengo e teve problemas físicos.

​(Foto: Getty Images)

Depois do fiasco no Brasil, voltou para o Rubin Kazan, mas não rendeu bem nos últimos dois anos e novamente sofreu com lesões. Não foi à toa que os russos, que normalmente complicam as negociações, aceitaram rescindir seu contrato sem muitos empecilhos.

Com isso, fica claro que o Atlético-MG se arrisca na contratação de Carlos Eduardo. O meia tem talento e é bom jogador, mas não consegue se destacar e convive com lesões desde 2011. São cinco anos sem grandes partidas e com vários problemas, e o meia completará 29 anos no dia 18 de julho.

O ex-jogador do Grêmio rende melhor na posição de Juan Cazares, que tem atuado centralizado no meio-campo, como armador, mas tendo total liberdade de movimentação, ou então aberto pela meia-direita, onde Luan, que atualmente está lesionado, é o titular. No entanto, Aguirre tem utilizado Clayton no setor e Dátolo, recuperado de contusão, volta a ser opção. Hyuri, outro que está no departamento médico, também pode atuar no setor. Outra possibilidade que o técnico uruguaio tem usado é a formação com três volantes, jogando no 4-3-3 com Cazares, Robinho e Lucas Pratto formando o trio ofensivo.

(Foto: Getty Images)

Mais do que qualquer outra coisa, Carlos Eduardo é uma aposta do Atlético-MG, que tem recuperado jogadores em baixa até com certa frequência nos últimos anos, e acredita que pode fazer o mesmo com o meio-campista. Se render o que pode, o ex-meia do Rubin Kazan pode até pleitear uma vaga no time titular, no entanto, inicialmente, ele chega para ser mais uma opção no elenco alvinegro, que é um dos melhores, senão o melhor do Brasil.

A ideia atleticana é boa: Carlos Eduardo está em baixa, mas tem talento e o Galo recuperou jogadores em situações semelhantes recentemente. Além disso, ele chega com custo baixo e estava disponível no mercado. É uma aposta que pode dar muito certo ou errado, mas neste caso, não trará grandes prejuízos ao clube, e caso vingue, será mais um sucesso alvinegro. Se o meia é uma boa, só o tempo dirá, mas ele não é uma aposta ruim do Atlético-MG.

Fonte: Esporte interativo
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