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Festival de Rabecas muda realidade em escolas públicas de Bom Jesus

Festival de Rabecas muda realidade em escolas públicas de Bom Jesus

16/10/2017 09:35

Pouco mais de três dias de aula foram suficientes para revelar grandes talentos entre jovens de Bom Jesus. Eles participaram das dez oficinas do Circuito Cultura Viva, que aconteceram em duas escolas da cidade. Os resultados, foram apresentados no palco do Queijinho, nesse sábado (14), último dia do X Festival de Rabecas de Bom Jesus. Antes disso, um cortejo cultural percorreu as ruas de Bom Jesus, levando alegria por onde passava.

O cortejo foi recebido pelo batuque do grupo Patubatê, de Brasília-DF, que também ministrou oficina de percussão para alunos da rede pública. “É a primeira vez que temos essa oportunidade dentro da escola. O teatro me ensinou a perder a vergonha e a interagir mais com meus colegas”, diz a estudante Maylane Duarte de 17 anos, que se apresentou junto com a turma da oficina de teatro ministrada pelo professor Adalmir Miranda.

No palco, em meio aos olhares atentos das crianças, um teatro de bonecos chamava a atenção e arrancava gargalhada do público. O hip hop, oficina ministrada por Francisco Machado, também se apresentou no Palco do Queijinho, assim como a dança, coreografada pelo professor Sidy Ribeiro, que não escondeu a emoção.

“Há talentos por toda parte e em Bom Jesus não seria diferente. Quando um gestor tem essa preocupação e essa visão privilegiada de trabalhar com arte ele oportuniza a esses jovens algo muito maior, ajuda a torna-los grandes homens e grandes mulheres. Tenho 30 anos de dança, já dei aula fora do país, tenho vários prêmios internacionais, mas o mais gratificante é ver essa meninada se interessar pela arte”, disse, abraçado pelos 60 alunos inscritos na oficina.

A praça também recebeu os brinquedos confeccionados durante a oficina do professor Wilson Cordeiro, que chamou a atenção para a importância de se frequentar a escola. “Mais de 30% de crianças e jovens da cidade não estão frequentando a escola. Não façam isso. Acreditem nos seus sonhos e no estudo”, afirmou.

As dez oficinas realizadas durante o Festival aconteceram em duas escolas de Bom Jesus: José Lustosa Elvas Filho e Joaquim Parente. Além de despertar o encanto pela arte, neste ano o Festival veio com uma responsabilidade social a mais. O valor arrecadado com a venda de camisas do evento será investido na melhoria dessas duas escolas. Artistas que passaram por Bom Jesus, durante o evento, como as cantoras Solange Almeida e Roberta Miranda, fizeram questão de comprar a camisa e ajudar a melhorar as escolas.

“Todo ano o festival vem com uma ação social e neste ano escolhemos as escolas. Eu estudei nessas escolas e tenho responsabilidade sobre elas também. Todos devem dar as mãos para construir escolas melhores para Bom Jesus, só assim poderemos formar pessoas melhores”, afirmou o secretário estadual de Cultura, Fábio Novo. 

A décima edição do Festival de Rabecas de Bom Jesus atraiu mais de 30 mil pessoas em três dias de festa. Montado na Avenida Josué Parente, o palco "Mestre Joaquim Carlota" recebeu grandes nomes da música nacional.

Nesse sábado (14) quem se apresentou foi a cantora baiana Margareth Menezes, que levou sucessos da sua carreira para a avenida. Antes dela, os mestres rabequeiros se apresentaram, além dos Bandolins Mirins de Oeiras. A banda Patubatê, de Brasília-DF, também subiu no palco Mestre Joaquim Carlota, dando um show de percussão na avenida.

A cantora Joelma, uma das atrações mais esperadas pelo público, também se apresentou na noite de sábado. Fãs da cantora, de várias cidades do Piauí, fizeram questão de prestigiar o show.

O 10º Festival de Rabecas é uma realização da Associação de Filhos e Amigos de Bom Jesus com o apoio do Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Cultura e patrocínio da Caixa Econômica e do Governo Federal.

Fonte: Ascom
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