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Defesa mais vazada do Brasileiro, Vitória teve sete duplas de zaga diferente

Com 29 gols sofridos em 16 jogos na competição, Rubro-Negro sofreu mesmo número de gols que o Atlético-GO; time testou seis zagueiros, cinco laterais e dois goleiros diferentes

25/07/2017 14:48

Sete duplas de zagas diferentes, cinco laterais testados, dois goleiros utilizados e a defesa mais vazada do Campeonato Brasileiro ao lado da do Atlético-GO. Não é por falta de mudança no sistema defensivo que o Vitória chegou aos 29 gols sofridos em 16 jogos realizados na competição, uma média de 1,8 por partida. Em fase de muitos erros no setor, o Rubro-Negro tem feito das trocas uma rotina na busca constante por estabilidade.

O então técnico rubro-negro Alexandre Gallo e, antes dele, Petkovic, até tentaram corrigir as falhas no sistema defensivo do Vitória, mas muitas vezes recorreram à mera troca de peças, algo que se comprovou pouco eficaz. Na zaga, Alan Costa, Fred, Renê Santos, Kanu, Wallace e Ramon foram utilizados ao longo do Brasileiro. Nenhum se tornou unanimidade. E as chegadas dos dois últimos mostram isso. Ramon, que foi emprestado no início do ano e não tinha deixado saudade, voltou e virou titular em pouco tempo - atualmente se recupera de lesão. Wallace, contratado há menos de um mês, estreou como titular e já é o capitão da equipe.

Nas laterais, o próximo treinador do Vitória também vai ter trabalho. Patric, Leandro Salino, Geferson, Thallyson e Caíque Sá foram utilizados no setor ao longo do Brasileiro, mas ainda não engrenaram. Patric era titular absoluto até pouco tempo, caiu de rendimento e foi para o banco de reservas. Situação parecida com a de Thallyson, que teve oportunidades em razão do rendimento abaixo do esperado de Geferson, e não aproveitou. Leandro Salino foi tão contestado que acabou afastado do elenco principal e não joga mais pelo Vitória. Caíque Sá, por outro lado, apareceu como surpresa interessante nos dois últimos jogos e é quem mostra maior sinal de esperança no setor.

No gol, Fernando Miguel foi titular em quase todos os jogos do time no Brasileirão. Contudo, o camisa 1 falhou em algumas partidas e perdeu a posição no último jogo, contra a Chapecoense, para Caíque. O jovem goleiro, porém, não conseguiu aproveitar a chance e falhou em um dos gols da Chapecoense.

Mesmo com tantas mudanças, o Vitória não mostrou evolução no seu sistema defensivo e viu o rendimento até piorar. Para perceber isso basta olhar dois momentos. Nas quatro primeiras rodadas do Brasileiro, o time sofreu quatro gols, média bem inferior aos quatro últimos jogos da equipe, quando viu a sua rede balançar 13 vezes. Para piorar, o Leão sofreu quatro gols em um só jogo em três partidas pelo Brasileirão.


Caíque Sá foi bem nos dois jogos que disputou na lateral direita (Foto: Maurícia da Matta / EC Vitória / Divulgação)

Gols que surgem aos montes e de maneiras diferentes no Vitória. Mas, principalmente, por falhas defensivas dos jogadores rubro-negros: pênaltis bobos, bolas mal recuadas, barreiras montadas de forma errada, linhas burras de impedimento, marcações erradas de adversários, chutes contra o próprio gol e por aí vai. Recém-contratado pelo clube, o zagueiro Wallace detectou os problemas defensivos da equipe.

- A gente tem dado os gols ao adversário mais uma vez. Não tem o que o falar. Todo mundo cansou de tanta explicação e nenhuma solução – disse Wallace após a partida contra a Chapecoense.

Diante de todas as mudanças no sistema defensivo do Vitória e da falta de bons resultados mesmo com todas elas, fica claro que os problemas do time vão além das trocas de peças. Embora os erros muitas vezes aconteçam de forma individual, eles se tornaram comuns entre todos os jogadores, algo que uma mera substituição não vai corrigir. Um problemão que o novo treinador rubro-negro, ainda sem data para ser anunciado, vai ter que resolver em um curto espaço de tempo.

Fonte: Globo Esporte
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