A Secretaria de Estado da Saúde deu início hoje (11) os procedimentos cirúrgicos do Mutirão de Catarata em Floriano. A ação é realizada em parceria com a Prefeitura Municipal e o Hospital Regional Tibério Nunes. Ao todo são 300 cirurgias somente neste final de semana. Cerca de 400 pacientes que já haviam passado pela consulta oftalmológica.O secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, visitou a realização do Mutirão na cidade. “Esse é um momento muito importante, onde a Secretaria Estadual de Saúde, através de uma determinação do governador Wellington Dias, vem priorizando os atendimentos em regime de mutirões. Com o apoio dos deputados Assis Carvalho e Francisco Costa, estamos realizando mais um mutirão de catarata, e que resulta numa grande atenção a população da região. É uma cirurgia rápida mas que melhora muito a vida das pessoas, que voltam a ter qualidade na sua visão. Amanhã (12), teremos cirurgias ortopédicas em regime de mutirão também aqui no Hospital Tibério Nunes”, destacou o secretário.
Além de Floriano, o Mutirão de Catarata vai atender 28 municípios da região sul do estado, como Arraial, Bertolinia, Brejo do Piauí, Canavieira, Canto do Buriti, Flores do Piauí, Floriano, Francisco Ayres, Guadalupe, Itaueira, Jerumenha, Landri Sales, Manoel Emidio, Marcos Parente, Nazaré do Piauí, Nova Santa Rita, Paes Landim, Pajeú do Piauí, Pavussu, Pedro Laurentino, Porto Alegre do Piauí, Ribeira do Piauí, Rio Grande do Piauí, São Francisco do Piauí, São José do Peixe, São Miguel do Fidalgo, Socorro do Piauí e Tamboril do Piauí.
O Mutirão já esteve presente nos hospitais de Esperantina, Parnaíba, Oeiras e São João do Piauí, além dos municípios do território Entre Rios, contemplando mais de 1.200 pessoas com cirurgias de catarata.

Notícias Floriano
20 de fevereiro de 2018
Serviço de neurocirurgia reduziu transferências de pacientes
Serviço de neurocirurgia em Floriano reduziu 50% das transferências de pacientes para Teresina
Levar serviços de alta complexidade para mais piauienses já é uma realidade que o Governo do Estado comemora, também, no sul do Piauí. Há um ano, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) implantava o serviço de neurocirurgia no Hospital Regional Tibério Nunes, em Floriano, tornando essa região em uma referência em saúde da alta qualidade, comparável a grandes centros hospitalares.
A oferta do serviço no interior do estado reduziu cerca de 50% das transferências dessa área para a capital, já que atende urgência e emergência, com plantonistas especializados 24 horas. Em um ano, foram 1.439 pareceres, 276 cirurgias, 1.164 atendimentos ambulatoriais neurológicos, 575 internações (sendo 551 adultos e 24 pediátricas) e acompanhamento de 140 pacientes na UTI adulto e 10 na UTI neonatal.
“A neurocirurgia era um dos grandes problemas para a região sul do estado, devido ao número crescente de acidentes, principalmente de motocicletas, o que gerava um número significativo de transferências dos hospitais regionais para o HUT. Em um ano, percebemos o grande impacto da implantação do serviço em Floriano, com a redução significativa nas transferências de pacientes para a capital”, comenta Florentino Neto, secretário de Estado da Saúde.

Para a implantação da neurocirurgia, a Secretaria da Saúde dotou o hospital com o Centro de Diagnóstico por Imagem, com a oferta de exames de tomografia computadorizada. A realização desse procedimento impulsionou a instalação do serviço, o primeiro no centro-sul do Piauí a ofertar o serviço pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Tibério Nunes conta ainda com 10 leitos de Terapia Intensiva (UTI) adulta.
Assistência comparada aos grandes centros
O Tibério Nunes conta com 14 neurocirurgiões que atuam também no HUT. O neurocirurgião Cleciton Braga, que integra a equipe do Tibério Nunes e também do HUT, afirma que a assistência dada na unidade do interior do estado se equipara a de Teresina, como o Hospital de Urgência. “A neurocirurgia de Floriano faz todos os procedimentos cirúrgicos que o HUT faz. Em termos de cirurgias de traumas, qualquer uma é operada em Floriano, igual como seria no HUT. Material cirúrgico já tem na mesma quantidade e na mesma qualidade que tem no HUT”, afirma o profissional.
Ele relata que, na implantação, havia grande resistência por ser um serviço no interior. “No começo, a gente sofria muito isso. Eu mesmo operei uma sobrinha de uma técnica de Enfermagem que ela não queria que a gente operasse lá. Ela queria vir para Teresina, isso lá no começo. Eu disse para ela, ‘se ela fosse para Teresina, no dia seguinte ela ia me ver lá’. Garanti a ela que insumos e material humano são os mesmos, em Floriano e em Teresina”, disse Cleciton.

Passada a resistência inicial, com os resultados da resolutividade do serviço, houve o crescimento dos atendimentos, já que a segurança e qualidade foram sentidas pelos pacientes e familiares.
Daniela Alves, que acompanhava a irmã, Cleonísia Alves, vítima de acidente de trânsito entre Marcos Parente e Landri Sales, reconhece “que ela foi muito bem atendida. Sem falar que encurtou a distância. Se ela tivesse que ser transferida para Teresina, talvez ela nem chegasse viva.
O tempo na assistência, como citado por Daniela, é outro grande diferencial na asistência, como explica o neurocirurgião Cleciton Braga. “Alguns hematomas, se você operá-lo dentro de quatro a seis horas depois do trauma inicial, você consegue uma sobrevida ou uma qualidade de vida muito maior. Encurtar duas horas na assistência vai melhorar, e muito, a probabilidade dele sobreviver ou ficar sem sequelas”, explicou o médico.