O município de Pedro II é uma cidade de um povo bastante religioso e rezador, povo de vida simples em sua maioria que trabalha em ofícios e profissões variadíssimos: ora de trabalhos manuais, braçais, às vezes cansativos, que exigem vigor e atenção, ora de profissões que exigem a lida direta com público, notadamente feirantes, comerciantes e empreendedores, que com seus serviços habituais e práticos ajudam a movimentar a roda da economia local, além daqueles que também se empregam em profissões mais técnicas, tecnológicas ou liberais em geral, com concentração e esmero, que todas exigem compromisso, dedicação e zelo constantes. São pessoas diferentes, de diversos matizes culturais, diversificadas origens e costumes sociais, porém, todas com muito empenho e apuro nos seus modos de ser e fazer as coisas fruto do seu labor acontecerem.

A partir de fins de novembro, a Igreja Católica se prepara, se organiza e se exprime junto ao enorme público de fieis, devotos, missionários, pagadores de promessas, clérigos e leigos: são os Festejos da nossa mãe e padroeira, Nossa Senhora da Conceição, que arregimentam essa volumosa massa de público cristão, o qual vem todos os anos professar sua fé, sua manifestação de amor incondicional a Deus e à Nossa Senhora.

Festa da Imaculada conceição, tempo de rezar, confirmar o amor ao próximo, comer, beber, trabalhar, fazer o bem aos auspícios divinos e demonstrar o que é ser de Cristo; no Santuário, nas igrejas e capelas de bairro, Pedro II se torna local de orações, rezas fortes e fervorosas, procissões, carreatas, missas e sermões: não só dos padres, mas também dos pais e das mães em razão dos filhos e filhas, dos irmãos e irmãs em Cristo, entre si mesmos e até das lideranças religiosas de cada bairro ou comunidade e que compõem essa comunidade religiosa maior da paróquia abrangendo a todos os munícipes e ainda os visitantes e os turistas.

Por tudo isso, por todas essas características bem peculiares, Pedro II (PI), é terra de milagres e outras formas miraculosas e lendárias, que só vindo e vivendo essa experiência aqui é possível sentir. 

Fotos: Eudes Martins

Texto: João Paulo Mourão

Por: Eudes Martins