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Centro de Atenção Psicossocial é referência para todo o Estado

Trabalho realizado pelos profissionais do CAPS é referência em todo o Piauí

02/02/2018 17:36

O Centro de Atenção Psicossocial – CAPS de União (55 km de Teresina) foi o primeiro do Estado, sendo fundado no ano de 2004 na gestão do ex-prefeito Gervásio Filho. Naquela época, o projeto pioneiro foi desenvolvido e prestou atendimento a muitas pessoas e oferecendo atividades terapêuticas em grupo, ou de forma individual.

Atualmente o CAPS de União, presta atendimento para mais de 2 mil pessoas, conta com equipe multiprofissional constituída por uma médica psiquiatra, uma enfermeira, uma terapeuta ocupacional, uma técnica de enfermagem, uma assistente social e uma psicóloga, além dos profissionais de apoio.

O Centro conta com total apoio da Prefeitura Municipal de União, através da Secretaria Municipal de Saúde que custeia boa parte dos gastos deste dispositivo, já ultrapassando a contrapartida do Governo Federal. Hoje com um atendimento diferenciado, com o trabalho de profissionais comprometidos e com foco nos resultados, o CAPS de União volta ser referência entre os demais.

Coordenadora Thaís de Andrade e usuários representando União em viagem

Antes as atividades desenvolvidas do CAPS limitavam-se apenas a dispensação de alguns medicamentos, triagens e atendimentos psicológicos, com profissionais de nível superior apenas no turno manhã. Ademais, o CAPS encontrava-se com pendências na Gestão Estadual no que diz respeito ao envio da produção RAAS, BPA C, BPA I que por 05 meses não foi alimentado o sistema. Ao assumir a nova gestão foi normalizado o atendimento passando a funcionar manhã e tarde, com aumento da carga horária dos profissionais e houve um reajuste salarial.

Hoje quem é atendido no local conta com um leque de atividades terapêuticas, nas quais se destacam: Acolhimento inicial; atendimento individual; atendimento em grupo; atendimento familiar; atividades comunitárias; assembleias com os usuários e familiares para fortalecimento do controle social; dispensação de medicamentos; atividades de suporte social; articulação com a rede; visitas domiciliares; busca ativa; celebração das datas comemorativas; capacitação; ações de Matriciamento em saúde mental com atenção básica.

Atividades em grupo e individuais são realizadas com usuários

A coordenadora Thaís de Andrade destaca que o trabalho tem trazido bons resultados. “Nosso trabalho tem como principal objetivo fortalecer a autonomia e empoderamento dos usuários para que possam produzir novos processos de vida dentro de suas possibilidades, além de evitar a internação psiquiátrica. Todavia, havendo priorização das pessoas com transtornos mentais mais severos e persistentes”.

A coordenadora destaca também que apesar dos resultados positivos, a busca por mais avanços é constante. “Ainda temos muito que avançar especialmente ao que tange estratégias de reabilitação psicossocial, que considero um dos grandes entraves da Política Nacional de Saúde Mental. Reconhecemos que o caminho na atenção psicossocial é longo e árduo, que necessitamos de constantes investimentos para o fortalecimento da Política pública municipal de saúde mental, principalmente, para ofertar um cuidado de qualidade condizente com os princípios da Reforma Psiquiátrica Brasileira”, afirma.

Secretária de Saúde, Dra. Anne Costa, o prefeito Dr. Paulo Henrique e a coordenadora do CAPS, Thaís de Andrade

  Para Luzia Gomes, usuária do CAPS há 08 anos, a assistência dada aos usuários melhorou significativamente. “Nesta gestão a assistência para nós usuários melhorou bastante, agora somos bem cuidados e tratados por todos da equipe, todos nos respeitam, temos mais aproximação com o grupo; o nosso almoço e lanche é melhor e mais saudável; não faltam mais nossos medicamentos. Estou gostando do trabalho, hoje me sinto melhor, não tenho mais crises e consigo trabalhar normalmente”, finaliza.

Dra. Anne Costa, secretaria de Saúde do município, destaca que a saúde mental tem sido uma das prioridades nesta gestão. “Temos nos esforçado para garantir os direitos das pessoas com transtornos mentais conforme preconiza as diretrizes da RAPS. No primeiro ano de gestão reorganizamos o processo de trabalho do CAPS para oferecer aos usuários uma assistência digna, medicações, terapias e outras atividades tudo que qualquer ser humano tem o direito e a gestão tem o dever de dar", destacou.

QUALIFICAÇÃO

A coordenadora Thaís de Andrade informou ainda que durante o ano de 2017, foram realizados processos formativos/capacitação para os profissionais do CAPS e demais profissionais da Rede de Atenção Psicossocial – RAPS, tais como: Médicos, Enfermeiros, Técnicos em Enfermagem das Unidades Básicas de Saúde e do Hospital Geral; Agentes Comunitários de saúde; Cuidadores do Serviço Residencial Terapêutico, além dos profissionais do NASF.

Essas capacitações visam reorganizar e melhorar o processo de trabalho da rede e em rede no que tange ao atendimento as pessoas com transtornos mentais através do Matriciamento em Saúde Mental com Atenção Básica, que atualmente acontece na Zona Rural. Vale ressaltar que tanto os profissionais quanto os usuários do CAPS também participaram de capacitações e cursos em Teresina, além dos eventos realizados em outros municípios.

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