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Bolsonaro gasta mais que Dilma e Temer com cartão corporativo

Antes de assumir, presidente chegou avalia a extinção do benefício

10/05/2020 15:17

Em média, os gastos mensais com cartão corporativo da Presidência República no governo de Jair Bolsonaro (sem partido) é de R$ 709,6 mil. O valor representa uma alta de 60%  em relação a seu antecessor, Michel Temer (MDB) e de 3% em comparação com a administração de Dilma Rousseff (PT).

(Foto: Reprodução)

As comparações são com base nas faturas do CPGF (Cartão de Pagamento do Governo Federal) da Secretaria de Administração da Presidência da República, que cuida das despesas de Bolsonaro, de sua família e de funcionários próximos, por exemplo, da Casa Civil.

(Foto: Agência Brasil)

Por mês, a petista tinha uma média de R$ 686,5 mil em gastos, enquanto emedebista despendia R$ 441,3 mil. Os dados são do Portal da Transparência do Governo Federal, que reúne informações de 2013 a março de 2020 (fatura mais recente). Os valores foram corrigidos pela inflação do período.

Dilma, Temer e Bolsonaro tiveram as mesmas regras para uso dos cartões. Não houve mudança nos critérios desde 2008, segundo o Palácio do Planalto. Naquele ano, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou restrições, como limitação de saques, diante de compras abusivas realizadas com esse recurso.

(Foto: Agência Brasil)

Os valores totais das despesas do cartão da Presidência são divulgados, mas há sigilo sobre a maioria dos gastos, como alimentação e transporte do presidente. O argumento é que são informações sensíveis da rotina presidencial e que a exposição pode colocar o chefe do Executivo em risco.

Os cartões corporativos do Palácio do Planalto são usados, entre outras despesas, para a compra de materiais, prestação de serviços e abastecimento de veículos oficiais. Também financiam a operação de segurança do presidente em viagens (até o momento foram 13 internacionais), além da manutenção e realização de eventos na residência oficial, o Palácio da Alvorada.

Esses meios de pagamento foram criados em 2001, no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Eles são distribuídos a pessoas que ocupam postos-chave da gestão pública e cobrem despesas de urgência pela compra de produtos e serviços ou pela cobertura de gastos de viagens.

Antes de assumir o governo, a equipe de Bolsonaro chegou a avaliar o fim desses cartões, que desencadearam um escândalo político com auxiliares do ex-presidente Lula. Os cartões corporativos, porém, ainda continuam funcionando.






Fonte: Folhapress
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