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Guaidó assina 'decreto presidencial' para reabertura de fronteira com o Brasil

O ditador Nicolás Maduro ordenou o fechamento da fronteira com o Brasil a partir das 20h (21h em Brasília) de quinta-feira (21).

22/02/2019 10:14

 Juan Guaidó, líder da Assembleia Nacional da Venezuela que se declarou presidente interino do país, publicou um "decreto presidencial" no qual determina que a fronteira do país com o Brasil seja reaberta.  O ditador Nicolás Maduro ordenou o fechamento da fronteira com o Brasil a partir das 20h (21h em Brasília) de quinta-feira (21), para impedir a entrada de ajuda humanitária enviada pelos Estados Unidos.

Guaidó foi reconhecido como presidente interino pelo Brasil, Estados Unidos e mais dezenas de países, mas não possui controle sobre as Forças Armadas da Venezuela, que seguem leais a Maduro, o que faz com que o documento assinado por ele seja inócuo. 

A ordem de Guaidó foi publicada em suas redes sociais na noite de quinta-feira (21). O "decreto" tem número 001 e ressalta que o exercício da presidência lhe é garantido por quatro artigos da Constituição da Venezuela. Para a oposição, Maduro não é presidente legítimo do país porque foi eleito em um pleito no qual houve fraudes.

"Como chefe de Estado responsável por dirigir as relações exteriores, ordeno aos órgãos do poder público responsáveis por esses assuntos que faça o necessário para que se mantenha aberta a fronteira com o pais irmão da República Federativa do Brasil", decreta.

O documento também reitera a disposição de manter relações diplomáticas com as ilhas de Aruba, Bonaire e Curação, rompidas por Maduro.

Na manhã desta sexta (22), venezuelanos cruzavam a divisa entre Brasil e Venezuela caminhando por campos e trilhas próximas à passagem oficial em Paracaima, desviando do bloqueio feito por soldados venezuelanos.

O líder opositor convocou para este sábado (23) uma ação de grande escala no país para que os venezuelanos se dirijam até postos na fronteira para buscar e distribuir no país a ajuda humanitária, enviada à Cúcuta, na Colômbia, à Pacaraima, no Brasil, e à ilha de Curaçao. 

No entanto, Maduro é contra a ideia, por crer que se trata de um subterfúgio para abrir caminho para uma intervenção militar estrangeira na Venezuela, e ordenou aos militares que impeçam a entrada dos mantimentos.

Fonte: Folhapress
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