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Líder diz que governo negocia acordo com a Câmara para correção do FGTS

José Guimarães (PT) participou de reunião com vice-presidente e ministros.

18/08/2015 13:11

O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou nesta terça-feira (18) que o governo negocia com a Câmara dos Deputados um entendimento sobre o projeto que muda a correção do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Para ele, o texto final será uma "média" entre o que quer o governo e o que defendem os deputados.

Na segunda-feira (17), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), declarou que colocaria o projeto para votação nesta terça. O texto prevê que as contas do fundo passem a ser reajustadas por um índice maior, equivalente ao da poupança. Isso faria o dinheiro do trabalhador render mais. O projeto é considerado uma das "pautas-bombas", pois reduziria o caixa de programas habitacionais, que se financiam pelo fundo, como o Minha Casa, Minha Vida.

"Não há ainda uma decisão final, mas eu acredito que nas próximas 24 horas encontraremos uma construção coletiva, que envolve o relator, o governo e o entendimento geral da Casa", disse Guimarães. "Eu acredito que a qualquer momento nós anunciaremos o entendimento que preserve o fundo e garanta a continuidade do Minha Casa, Minha Vida", acrescentou.

O deputado participou na manhã desta terça de uma reunião sobre o tema com o vice-presidente Michel Temer, o relator do projeto, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e outros seis ministros – Nelson Barbosa (Planejamento), Joaquim Levy (Fazenda), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Aldo Rebelo(Ciência e Tecnologia), Ricardo Berzoini (Comunicações) e Gilberto Kassab (Cidades). A reunião foi na residência oficial do vice-presidente.

"Quando você senta pra dialogar, construir, nem pode ser o que um quer, nem pode ser o que o outro quer. Tem que ser uma média. É uma construção que nós estamos fazendo, e esse foi o sentido geral do café da manhã com o relator Rodrigo Maia", continuou Guimarães.

Autor do projeto do FGTS, o líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), também disse acreditar que será possível chegar a um acordo com o governo. Segundo ele, uma possibilidade é “escalonar” ou postergar o início dos efeitos da mudança no cálculo para que o impacto no saldo do fundo só ocorra daqui a alguns anos.

“Acho que conseguiremos chegar a um entendimento de mérito, encontrar um meio termo. É possível ajustar para que só haja efeito daqui a quatro, cinco anos. Assim, daremos uma correção mais justa para o trabalhador e será possível fazer ajustes se houve impacto na construção civil”, disse o peemedebista a jornalistas na Câmara dos Deputados.

Fonte: Gw
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