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Polícia do Rio investiga denúncia de fraude no carnaval 2016

Diretor da Beija-Flor diz que intenção era dar vitória à Unidos da Tijuca. Escola repudia as suspeitas de favorecimento.

16/02/2016 14:01

Diante das denúncias de fraude nas notas e suposto favorecimento à Unidos da Tijuca no desfile das escolas de samba do Grupo Especial, no carnaval do Rio deste ano, a Chefia de Polícia Civil determinou a abertura de um inquérito na Delegacia Fazendária, já que as escolas recebem verba da Prefeitura do Rio.

Segundo a assessoria da Polícia Civil, o objetivo é esclarecer as circunstâncias narradas por Laíla, diretor de harmonia e coordenador da comissão de carnaval da Beija-Flor de Nilópolis (veja as denúncias no vídeo abaixo).

A assessoria não informou quando o inquérito foi aberto. Disse que as investigações estão em andamento e que todos os envolvidos – o diretor Laíla, o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Castanheira, e o jurado Fabiano Rocha, alvo de acusação – serão intimados a depor.

As datas dos depoimentos não foram divulgadas. A delegada Renata Araújo também A delegacia solicitou à Liesa uma cópia do áudio com as denúncias.


Laila, durante Desfile das Campeãs do Carnaval de RJ 2016 realizada no Sambódromo da Marquês de Sapucaí. (Foto: Marcelo Cortes /Fotoarena/Folhapress)

Após a apuração do resultado dos desfiles, o diretor Laíla levantou suspeitas sobre o resultado em entrevista ao jornal "O Dia" e, posteriormente, ao jornal "O Globo". Ele declarou que havia a intenção de favorecer a Unidos da Tijuca – vice-campeã – para que ela vencesse a disputa.

O diretor afirmou ter uma gravação de um jurado afastado momentos antes dos desfiles dizendo que poderia tirar notas das baterias da Imperatriz Leopoldinense, da Acadêmicos do Salgueiro e da Beija-Flor.

O jurado de bateria Fabiano Rocha foi afastado pela Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) antes dos desfiles. O presidente da liga, Jorge Castanheira, afirmou que Rocha foi tirado do júri por pré-julgar as escolas, mas negou irregularidades na apuração, já que Rocha não participou.

Foram conferidas às três escolas a maior nota dada no quesito bateria pelos outros três julgadores.

O que diz a Unidos da Tijuca

O presidente da Unidos da Tijuca, Fernando Horta, disse que não vai falar sobre o assunto. A escola divulgou uma nota na qual repudia a suspeita de fraude no carnaval e que diz que trabalha durante o ano inteiro e com profissionais competentes para fazer o melhor e conquistar o título.

Fonte: G1
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