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Inspirada no clássico 'Asa Branca', Dragões faz desfile vibrante sobre o NE

O cantor Fagner abriu o desfile cantando um trecho de "Asa Branca", e o ator Chambinho do Acordeon, que interpretou Gonzagão, também desfilou

26/02/2017 09:29

A quarta escola a entrar no sambódromo do Anhembi na madrugada deste domingo (26), a Dragões da Real levou para a avenida um enredo inspirado no clássico "Asa Branca", de Luiz Gonzaga, para falar do Nordeste e da vida difícil do sertanejo. A escola fez uma apresentação bonita e vibrante, e o samba-enredo conquistou o público. O cantor Fagner abriu o desfile cantando um trecho de "Asa Branca", e o ator Chambinho do Acordeon, que interpretou Gonzagão no cinema e na televisão, desfilou num dos carros da escola. A Dragões terminou o desfile com 1h03, dois minutos antes do tempo limite.

A bateria da escola foi um dos destaques do desfile, com bossas, paradas e coreografias. O samba inspirado no clássico de Gonzagão envolveu o púbilco.

O cantor cearense Raimundo Fagner abriu o desfile cantando um trecho de "Asa Branca", e o ator Chambinho do Acordeon, que interpretou Luiz Gonzaga no cinema, desfilou no carro sobre a cultura nordestina.

A escola confeccionou fantasias com elementos trazidos especialmente do Nordeste, como chapéus da Paraíba e palha de Juazeiro da Bahia.

Eleita pela Academia Brasileira de Letras como uma das músicas mais marcantes do século 20, "Asa Branca" é um hino do sertão nordestino que, na voz de Gonzagão, fala da luta contra a seca e do êxodo dos sertanejos.

Luiz Gonzaga é tema da série “Gonzaga: de pai para filho” que a TV Globo exibe na terça-feira (28). Assinantes do Globo Play assistem com exclusividade, desde sábado (25), a todos os capítulos.

O samba-enredo baseado no clássico da MPB conquistou o público do sambódromo, e a bateria da Dragões caprichou nas bossas, paradas e também fez coreografias. Simone Sampaio desfilou pela 6ª vez como rainha da bateria da Dragões, que veio com os 220 ritmistas vestidos de vaqueiros, com uma versão estilizada do gibão.

Cada jaqueta, cravejada de adereços, foi feita sob medida para os músicos não passarem muito calor. Os chapéus vieram todos da Paraíba. Simone se atrasou na chegada à concentração porque machucou o pé pouco antes do desfile, mas não deixou de desfilar, fantasiada de rainha dos vaqueiros.

A ala dos retirantes da Dragões, toda coreografada, mostrou o espírito do enredo, sobre a saudade de quem precisou deixar o sertão em busca de oportunidades.

Alegorias

A escola impressionou com o acabamento dos carros e recursos cenográficos. A última alegoria tinha uma enorme fogueira com labaredas formadas pela coreografia dos integrantes com tecidos.

O segundo carro da Dragões representou um grande mandacaru, planta símbolo do sertão, que retira água do fundo do solo e armazena no seu caule. Sua flor dura apenas uma noite, e no carro foi representada por 52 bailarinos. Quatorze integrantes vestidos de calangos subiam e desciam na lateral da alegoria.

O terceiro carro, do pau de arara, tinha 16 redes trazidas do Ceará e mais de 100 integrantes. Na ala que representa o artesanato de palha, a fantasia era composta de um costeiro com palha que veio de Juazeiro da Bahia e que demorou dois meses para ficar na cor que a escola queria.

Fundada no ano 2000, a Dragões teve origem na torcida organizada do São Paulo e é a escola mais nova do Grupo Especial. No ano passado, ficou em 6º lugar. Desfilaram pela escola 2,8 mil componentes em 19 alas e cinco carros.

Fonte: G1
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