Puxões de cabelo, toques indesejados e beijos forçados estão entre os mais comuns atos que configuram assédio sexual.  Nos dias de Carnaval, esse tipo de abuso é potencializado, devido à grande aglomeração de pessoas durante a folia. Pensando nisso, a Coordenadoria de Estado de Políticas para as Mulheres do Piauí (CEPM) retorna, neste ano, com ações da campanha lançada em 2016, “O Corpo da Mulher Não é Folia”. A primeira ação será no Corso de Teresina, evento que reúne milhares de pessoas em todas as edições.

Para garantir a segurança e a tranquilidade das foliãs durante a folia de Zé Pereira, será instalado um “Observatório da Mulher”, unidade móvel que prestará atendimento psicológico e social para as mulheres que se sentirem assediadas ou sofrerem qualquer tipo de violência de gênero durante o Corso de Teresina. 

 

^{Mulheres assediadas poderão formalizar denúncia. (Foto: Arquivo O Dia)}

Durante todo o evento, uma equipe do CEPM e da Comissão de Mulheres da OAB estarão presentes para fazer o devido atendimento e encaminhar as denúncias para a Delegacia de Gênero. A ação contará também com a parceria da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM).

Para a coordenadora de Políticas para Mulheres, Haldaci Regina, a formalização de denúncia é importante para conscientizar as mulheres de quais atos podem ser considerados como assédio e para comunicar aos agressores de que alguns tipos de comportamento se configuram como crime. “O fato da própria denuncia e da consciência do que essa mulher possa ter do que é o assédio, e para transmitir para o próprio agressor e para o machista que essa violação é crime, já é visto como positivo”, esclarece.

Além do Corso, as ações contra o assédio também serão realizadas em alguns municípios do interior do Piauí, como Picos, Barras e Parnaíba. De acordo com o CEPM, as três cidades são os principais alvos por receberem uma grande quantidade de público durante o período carnavalesco. Nesses locais, a ação será realizada através da distribuição de materiais informativos para as foliãs, em que serão esclarecidas dúvidas em relação a quais locais as foliãs podem recorrer em caso de assédio. 

Por: Nathalia Amaral, com informações do CEPM.