Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Construção civil volta à recessão e puxa investimentos para o vermelho

O recuo da construção contaminou os números da indústria, pois é um dos segmentos que integram o setor, e também os dos investimentos.

31/08/2018 12:33

A construção civil voltou à recessão no segundo trimestre, informou nesta sexta-feira (31) o IBGE.
Depois de um primeiro trimestre no vermelho, a atividade voltou a cair entre abril e junho, configurando uma recessão técnica (dois trimestres seguidos no negativo).
A construção caiu 0,8% no segundo trimestre, ante os primeiros três meses do ano. Em relação ao mesmo período do ano passado, a queda foi de 1,1%. Os números confirmam que o setor ainda não conseguiu se recuperar da recessão, quando caiu quase 15% (em 2015 e 2016).
O recuo da construção contaminou os números da indústria, pois é um dos segmentos que integram o setor, e também os dos investimentos -responde por mais da metade da conta de investimentos no PIB (Produto Interno Bruto).
Depois de quatro trimestres seguidos no positivo, o investimento voltou a cair de abril a junho deste ano.


Foto: Dênio Simões/ Agência Brasília

O IBGE informou que o investimento caiu 1,8% no segundo trimestre, em comparação com os primeiros três meses do ano. Em relação ao mesmo período do ano passado, quando o país começava a sair da recessão, houve uma alta de 3,7%, em razão da baixa base de comparação.
O investimento é uma variável muito volátil, pois depende da disposição do empresário e de sua confiança no futuro da economia.
A greve dos caminhoneiros, no fim de maio, porém, derrubou os indicadores de confiança tanto de empresários quanto de consumidores. 
Em julho, passado o pior momento, os indicadores tiveram uma leve melhora, mas o baque teve efeito determinante no potencial de crescimento da economia brasileira neste ano, segundo os economistas Aloísio Campelo e Viviane Seda, do Ibre/FGV, afetando intenções de investimento e de contratações.
Em seguida, vieram as incertezas das eleições e a volatilidade trazida por ela, manifestada na alta do dólar e na queda das ações das empresas na Bolsa, criando um ambiente instável e hostil ao investimento.

Fonte: Folhapress
Mais sobre: