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Dólar sobe para R$ 3,734 e Bolsa recua em dia de acomodação no mercado

O mercado local viveu um dia considerado pelos analistas como de acomodação nesta segunda-feira (7).

08/01/2019 09:27

 Após cinco pregões de queda do dólar ante o real e alta da Bolsa brasileira, o mercado local viveu um dia considerado pelos analistas como de acomodação nesta segunda-feira (7).

O dólar chegou a se desvalorizar em relação ao real, acompanhando o movimento externo, e rompeu o piso de R$ 3,70, mas fechou em alta de 0,48%, cotado a R$ 3,734.

O Ibovespa, índice das ações mais negociadas, abriu ameaçando bater novo recorde, mas perdeu fôlego ao longo do dia e terminou em baixa de 0,15%, a 91.699 pontos.

"Hoje há espaço para alguma correção pontual, mas nada que reverta tendência. O ano começou com o mercado otimista com a agenda de reformas [do novo governo], mas ainda está se embasando em apostas para o ajuste fiscal", disse Cleber Alessie Machado, operador de câmbio da corretora H.Commcor.

Houve também certo desconforto com o bate-cabeça da semana passada dentro do governo, quando o presidente Jair Bolsonaro chegou a anunciar elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), mas foi desmentido posteriormente por membros de sua equipe econômica.

As ações da Petrobras, que tem grande peso no Ibovespa, foram o destaque positivo do dia, observa Marco Tulli Siqueira, gestor de operações da Coinvalores.

Os papéis da estatal chegaram a subir 5% após o jornal Valor Econômico noticiar que a União pagaria em torno de US$ 14 bilhões (quase R$ 52 bilhões) à petroleira na revisão de um contrato que cedeu para a Petrobras o direito de explorar blocos de petróleo no pré-sal.

Após o fechamento do mercado, o ministério da Economia negou em comunicado à imprensa o valor de pagamento.

A pasta explicou que o montante de US$ 14 bilhões constava em um documento apresentado pelo antigo governo às equipes de transição em uma tabela na qual havia simulações de vários cenários para a resolução da questão.

"Cabe destacar ainda que esse cenário específico citado na matéria apresentava baixa probabilidade de realização. A proposta ainda está em debate e, quando finalizada, será devidamente divulgada pelos canais adequados", disse o ministério no comunicado.

As ações terminaram o dia com alta mais modesta, de 1,58% (preferenciais) e 3,24% (ordinárias). 

"O resto do índice ficou meio no zero a zero. Não há nenhuma grande notícia. Lá fora, o dia foi bom em linhas gerais", diz Karel Luketic, analista-chefe da XP Investimentos.

Em Wall Street, o Dow Jones, principal índice de Nova York, avançou 0,42. O S&P 500 ganhou 0,79%, e o índice de tecnologia Nasdaq, 1,26%.

Das 31 principais divisas do mundo, 25 avançaram sobre a moeda americana, na esteira da fala mais suave do presidente do Banco Central americano em relação à política monetária dos Estados Unidos, na sexta-feira (4).

Soma-se a isso maior otimismo, ao menos momentâneo, com os rumos da guerra comercial travada entre Estados Unidos e China, no momento em que as duas maiores economias do mundo retomam as negociações para tentar encerrar a disputa.

Nesta segunda, o Ministério das Relações Exteriores da China disse que o país tem boa fé para trabalhar com os EUA na resolução da questão comercial, e Wilbur Ross, secretário de comércio americano, afirmou que os países devem chegar a um acordo sobre questões comerciais imediatas.

Fonte: Folhapress
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