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Economista-chefe do Banco Mundial deixa o cargo, diz jornal britânico

Recentemente, Paul Romer esteve envolvido em discussões sobre mudanças metodológicas no estudo "Doing Business", que teriam levado a resultados enganosos.

25/01/2018 13:49

O economista-chefe do Banco Mundial, Paul Romer, está deixando a instituição depois de apenas 15 meses no cargo, de acordo com o jornal "Financial Times", que diz ter visto um comunicado do presidente do banco, Jim Yong Kim, aos funcionários.

Em uma mensagem enviada na quarta-feira, segundo o jornal, Kim informou que Romer disse ter decidido abandonar "imediatamente" a posição e retornar à sua carreira como professor na Universidade de Nova York.

"Paul é um economista reconhecido e um indivíduo perspicaz, e tivemos muitas boas discussões sobre questões geopolíticas, urbanização e o futuro do trabalho. Agradeci a franqueza e a honestidade de Paul, e eu sei que ele lamenta as circunstâncias de sua partida", disse Kim, de acordo com o FT.

Recentemente, Romer esteve envolvido em discussões sobre mudanças metodológicas no estudo "Doing Business", que teriam levado a resultados enganosos.

O documento apresenta importante índice de competitividade de países para negócios, e as alterações teriam afetado especialmente a posição do Chile. mostrando uma menor competitividade no país durante o governo da socialista Michelle Bachelet (2014-2018).

A informação foi revelada ao jornal americano "The Wall Street Journal" pelo próprio Romer.

Mas tarde, porém, Romer recuou e afirmou não ter visto sinal de manipulação política no relatório. "Meus comentários deram a impressão de que eu suspeitava de manipulação ou viés político. Mas não foi o que eu quis dizer", escreveu em seu blog pessoal.

De acordo com o FT, havia atritos entre Romer e a equipe de economistas do banco quase desde que ele assumiu, em outubro de 2016. As disputas seriam percebidas em tudo, da forma como os relatórios do banco são escritos a questões sérias sobre metodologia.

O jornal diz ainda que Romer irritou funcionários com o que alguns dentro da instituição viram como sua "natureza abrasiva".

Fonte: Folhapress
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