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Inflação do aluguel tem alta acumulada de 8,24% em 12 meses

O reajuste de julho deve ser usado em contratos que vencem em agosto, cujo pagamento ocorre em setembro.

31/07/2018 09:02

 O IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado), usado como referência para correção de contrato de aluguel residencial, desacelerou para 0,51% em julho, contra 1,87% no mês anterior. No acumulado de 12 meses, porém, a alta é de 8,24%, acima do valor de 6,92% registrado em junho, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta segunda-feira (30). O acumulado de 12 meses do IGP-M é usado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis residenciais.

O reajuste de julho deve ser usado em contratos que vencem em agosto, cujo pagamento ocorre em setembro. Para Salomão Quadros, superintendente-adjunto de inflação do Ibre-FGV, a alta no acumulado de 12 meses é reflexo de instabilidades ocorridas na economia do país neste ano. "A relação de 12 meses sobe porque nesse período tivemos alta no preço da gasolina, um câmbio instável e também a paralisação dos caminhoneiros. O valor do índice para esse período deve continuar a subir nos próximos dois meses, já que no ano passado tivemos taxas negativas."

Em pesquisa do Datafolha, realizada em junho, sete de cada dez brasileiros avaliaram que a paralisação dos caminhoneiros trouxe mais prejuízos do que benefícios ao país e disseram que o governo deveria controlar o preço dos combustíveis e do gás de cozinha mesmo que isso resulte em prejuízo à Petrobras. Quem está prestes a sair de um contrato e não quer refazê-lo com o atual valor e ajuste do IGP-M encontra-se em bom momento para negociar um novo acordo, explica Mark Turnbull, diretor de locação do Secovi-SP (Sindicato da Habitação).

"Se o inquilino paga as contas em dia e vai refazer um contrato antigo, essa é a hora de negociar com o proprietário. O mercado ainda está favorável para o locatário porque a oferta de imóveis se mantém grande."

Embora no acumulado o valor do índice suba, se analisado somente em julho a desaceleração mostra que o câmbio mais estável neste mês e a paralisação dos caminhoneiros deixaram os preços recuar. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, por exemplo, apresentou variação positiva de 0,50%, contra 2,33% no mês anterior.

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que tem peso de 30% no índice geral, desacelerou a alta a 0,44%, contra 1,09% antes, com recuo em sete das oito classes de despesa que compõem o índice. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) avançou 0,72% em julho, depois de subir 0,76% antes.

Fonte: Folhapress
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