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'Prazo para criação de 6 milhões empregos depende de ritmo do PIB'

Mais cedo, ministro afirmou que nova lei trabalhista irá gerar mais de 6 milhões de empregos. Meirelles disse também que não tem interesse em ser vice em 2018.

30/10/2017 15:37

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reafirmou nesta segunda-feira (30) que a nova lei trabalhista aumentará a criação de empregos no país, mas disse que ainda não há uma previsão sobre em quanto tempo serão gerados os esperados 6 milhões de novos postos de trabalho.

“Isso vai demandar ainda vernos com que velocidade crescerá a economia brasileira", afirmou Meirelles.

Mais cedo, durante entrevista à EBC, o ministro disse acreditar que a nova lei trabalhista, que começa a vigorar em 11 de novembro, vai tornar viável a geração de mais de 6 milhões de empregos no Brasil.

Questionado sobre o que levou o governo a chegar nesse número, Meirelles disse que considerou o histórico dos países que já fizeram mudanças em suas legislações trabalhistas. "Se comparar o Brasil com todos os países que fizeram reformas similares este é o histórico do que se concluiu com a possibilidade de criação de empregos”, disse.

O ministro também não arriscou fazer projeções sobre o impacto da reforma trabalhista em 2018. “Nas próximas semanas vamos fazer a revisão para mostrar qual é a nossa previsão mais atualizada para o crescimento [PIB] do ano que vem, aí vai começar a ficar clara essa questão da criação de empregos”, afirmou.

Meirelles voltou a dizer que a expectativa do governo é de crescimento da economia brasileira de, no mínimo, 2% em 2018, mas com viés de alta. "É muito provável que a economia cresça mais do que isso", destacou.

No acumulado de janeiro a setembro deste ano, de acordo com dados do Ministério do Trabalho, foram gerados 208.874 empregos com carteira assinada, no 6º mês seguido com abertura de vagas. No mesmo período do ano passado, o governo informou que foram demitidos 644.315 trabalhadores.

O ministro avaliou que o país já está criando empregos "de uma maneira forte", mas destacou que a taxa de desemprego ainda cairá mais lentamente uma vez que como a recuperação da economia tem aumentado também o número de pessoas que passam a procurar emprego.

Meirelles diz que não tem interesse em ser vice em 2018

O ministro da Fazenda voltou a afirmar que não é candidato à Presidência, destacando que sua prioridade é o Ministério da Fazenda, mas descartou a hipótese de ser candidato a vice na chapa de outro candidato.

“Não acredito que seja algo que tenha grande interesse da minha parte”, disse Meirelles a jornalistas. Mais cedo, durante encontro com empresários em São Paulo, chegou a dizer que “esse negócio de vice é até interessante", lembrando ter recebido convites em 2010 e 2014.

Questionado por jornalistas, disse que a fala “foi mera brincadeira que eu fiz” e descartou a possibilidade.

“Fui convidado para ser vice em 2010 e 2014, e nunca levei essa possibilidade a sério”, explicando ter recebido convite do ex-presidente Lula para ser vice da chapa de Dilma Rousseff em 2010 e do senador Aécio Neves nas eleições de 2014.

“Não sou candidato. Sou candidato a fazer um bom trabalho no Ministério da Fazenda e consolidar a trajetória de crescimento do Brasil”, afirmou.

Com relação, a inclusão do seu nome nas pesquisas de intenção de voto, Meirelles, que é filiado ao PSD, desconversou. “O meu objetivo é não me distrair com nada que não seja meu trabalho atual no Ministério da Fazenda”, disse.

Já sobre o resultado da Pesquisa Ibope, ele avaliou que os números refletem o cenário a 1 ano das eleições e os nomes daqueles que já são candidatos e com maior lembrança da população. “É normal [o resultado], é um período onde ainda está muito cedo para as pessoas se posicionarem”, disse.

Reforma da Previdência e Refis

O ministro voltou a defender a aprovação da reforma da Previdência ainda neste ano e que ela é de interesse de "todas as forças políticas" do país.

Meirelles disse ainda que a prorrogação do Refis, programa de refinanciamento de dívidas tributárias, deverá ser decidida ainda nesta segunda-feira em reunião com o presidente Michel Temer, que já deixou o hospital depois de passar o fim de semana internado após procedimento na próstata.

Fonte: G1
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