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UE responderá a tarifas de Trump se não houver isenção permanente

O grupo tomou nota dessa isenção temporária nas conclusões da cúpula, mas pediu que seja permanente

23/03/2018 11:39

Os líderes da União Europeia pediram aos Estados Unidos, nesta sexta-feira (23), uma isenção permanente das tarifas sobre as importações de aço e alumínio, advertindo que se reservam o direito de responder às medidas promovidas pelo presidente Donald Trump.

"A UE pede uma isenção permanente das tarifas americanas", tuitou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, após um debate dos presidentes um dia depois de Trump ter autorizado a suspensão até 1º de maio dessas medidas para o bloco europeu, Argentina, Brasil, Coreia do Sul e Austrália, além dos já anunciados Canadá e México.

Os Estados Unidos se encontram em negociação com esses países "sobre medidas alternativas satisfatórias diante da ameaça à Segurança Nacional [americana] constituída pela importação do aço", e os parceiros de Washington ficarão, no momento, isentos das tarifas sobre suas importações, indicou a Casa Branca em um comunicado.


Foto: Reprodução

"Essas medidas não podem ser justificadas em fundamentos de segurança nacional, e a proteção setorial nos EUA é um remédio inapropriado para os problemas reais de excesso de capacidade", informa um comunicado conjunto dos 28 líderes da UE reunidos em Bruzelas.

O grupo tomou nota dessa isenção temporária nas conclusões da cúpula, mas pediu que seja permanente. Eles advertiram que o bloco "se reserva o direito, em acordo com a Organização Mundial do Comércio, de responder às medidas americanas, de maneira apropriada e proporcional".

No Twitter, a comissária europeia do Comércio, Cecilia Malmström, afirmou que as opções da UE para preservar seus direitos estão abertas. Entre essas alternativas, Bruxelas preparou uma lista de produtos americanos emblemáticos, como a manteiga de amendoim, as motos Harley-Davidson, ou as calças jeans Levi's, que poderiam ser sobretaxados.

"As discussões entre aliados e parceiros não deveriam ser objeto de datas-limite artificiais", tuitou Malmström.

"Dá a impressão de que o presidente dos Estados Unidos quer negociar com a União Europeia colocando um revólver na nossa cabeça", disse o primeiro-ministro belga, Charles Michel. "Não é uma maneira muito leal de negociar entre sócios históricos", acrescentou.

Os participantes da cúpula reiteraram o "compromisso com fortes relações transatlânticas como pedra angular de segurança e prosperidade tanto nos Estados Unidos como na União Europeia".

Fonte: Folhapress
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