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Strans: presença de agentes na rua é maior durante o dia

Segundo a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito, 140 agentes atuam em Teresina durante os três turnos.

30/06/2019 09:29

A grande maioria dos profissionais se concentra no período da manhã: são 65 no turno da manhã, 47 no turno tarde e 28 no turno da noite. Durante o dia, as infrações são muito mais presentes e, por isso, a necessidade de um maior contingente de profissionais.

“Falam de indústria da multa e questionam as infrações na cidade de Teresina, mas a quantidade de multa é bem aquém do que realmente acontece. A quantidade de pessoas que não cumprem com o código de trânsito é uma quantidade absurda na nossa cidade”, destaca o coronel Jaime Oliveira.

O profissional destaca que em 2018, por exemplo, outro tipo de infração ganhou atenção dos órgãos de segurança de trânsito: a utilização do celular pelo condutor. Foram registradas mais de 4 mil multas, em Teresina, relacionadas a utilização do aparelho. As infrações estão entre as dez mais cometidas pelos condutores.

Não é permitido manusear, utilizar e segurar o telefone. Segurar e manusear são infrações gravíssimas e utilizar o celular é infração média.

Segundo dados do Ministério da Saúde, 19,5% da população das capitais brasileiras afirma que faz o uso do celular enquanto dirige. O percentual mostra que de cada cinco indivíduos, um comete esse ato que é um risco para acidentes de trânsito. O uso do celular no trânsito aumenta em até 400% o risco de acidentes.


“Hoje em dia os órgãos de trânsito trabalham para salvar vidas”, destaca gerente de Educação

Uso de álcool e direção, avançar o sinal vermelho, não parar nas faixas de pedestres, dirigir com velocidade acima da permitida, manusear o celular enquanto dirige ou transita e atravessar fora da faixa de pedestre. Estas são algumas das inúmeras imprudências que os diferentes agentes que compõem o trânsito, sejam eles motociclistas, ciclistas, motoristas ou pedestres, cometem em Teresina.

A gerente de Educação de Trânsito da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), Samyra Motta, confirma que o grande problema do trânsito da Capital é o mau comportamento dos condutores e pedestres. Ela afirma que a única maneira de mudar o atual cenário seria as pessoas se conscientizarem e tomarem as atitudes corretas.

De acordo com Samyra, a velocidade e o álcool são os principais fatores de risco de acidentes. “A questão da alcoolemia é gravíssima, nós trabalhamos permanentemente com campanhas e blitzen para tentar conscientizar e inibir esse tipo de ação. Hoje em dia, os órgãos de trânsito trabalham para salvar vidas”, afirma.

Para tentar coibir o excesso de velocidade, Teresina conta com 120 faixas fiscalizadas por radares fixos e além da utilização de radares estáticos. As vias da cidade também só aceitam velocidade máxima de 60km/h – até ano passado, muitas vias permitiam até 70km/h.

“Mas precisamos fazer com que as pessoas pratiquem a segurança no trânsito. Não é para ela não andar em uma velocidade acima da média apenas em uma rua com fiscalização ou não beber só quando vê que vai ter blitz. A vida é maior que tudo e uma vida atingida por um acidente de trânsito pode nunca mais ser a mesma”, finaliza.

Programa Vida no Trânsito

Em parceria com estados e municípios, o Ministério da Saúde desenvolve, desde 2010, o Programa Vida no Trânsito – PVT, que se apresenta como a principal resposta aos desafios da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Década de Ações pela Segurança no Trânsito, cuja meta é reduzir 50% dos óbitos por acidentes de trânsito entre 2011 a 2020. Trata-se de um Programa intersetorial que busca, a partir de evidências produzidas localmente, com base na análise integrada de dados, subsidiar intervenções nos âmbitos de engenharia no trânsito, fiscalização, educação e atenção às vítimas.

Lançado em 2010, o PVT está implantado em 26 capitais e 26 municípios, alcançando uma população de aproximadamente 50.6 milhões de habitantes. Desde a sua implantação, o PVT vem auxiliando governos federal, estadual e municipal na adoção de medidas para prevenir os acidentes de trânsito, reduzindo mortes. Entre 2010 e 2017, o Brasil reduziu em 17,4% o número de mortes por acidentes de trânsito, passando de 42.844 para 35.374.



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Edição: João Magalhães
Por: Glenda Uchôa - Foto: Arquivo ODIA
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