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Casa Branca proíbe americanos de negociarem moeda virtual da Venezuela

O gabinete de Maduro disse que as sanções são um crime contra a humanidade que poderia ser levado ao Tribunal Penal Internacional

20/03/2018 08:43

Os EUA reforçaram nesta segunda-feira (19) a pressão contra a Venezuela ao proibir os americanos a negociarem o petro, moeda virtual criada pelo regime de Nicolás Maduro, por considerá-la uma forma de driblar as sanções.

Lançado em dezembro pelo ditador para tentar conseguir financiamento internacional, dificultado pelas punições e pelo calote parcial da dívida externa, o ativo lastreado com petróleo teve sua primeira emissão em fevereiro.

No anúncio, o Departamento do Tesouro cita também como razão para o veto a declaração da Assembleia Nacional, dominada pela oposição, de que a moeda era ilegal e não honraria sua emissão em um governo futuro.

Junto com a moeda, os americanos incluíram mais quatro chavistas na lista de sanções. Um deles foi Américo Mata, diretor do Banco Nacional de Habitação, acusado de receber doação de campanha da Odebrecht para Maduro.

Segundo o regime, as ofertas de compra do petro superaram os US$ 5 bilhões (R$ 16,4 bilhões). Não se sabe, no entanto, se são transações firmes nem quem são seus compradores -o regime não deu detalhes sobre eles.

Também não entrou em prática a compra para os venezuelanos, que o regime disse querer fomentar. Com a falta de transparência, a oposição acusa os dirigentes do chavismo de usarem a moeda virtual para lavar dinheiro.

O gabinete de Maduro disse que as sanções são um crime contra a humanidade que poderia ser levado ao Tribunal Penal Internacional -onde o ditador é investigado pela violência contra as manifestações de seus adversários.

"O governo bolivariano denuncia uma vez mais [...] a execução de uma nova conjuração contra a pátria de Bolívar por parte do regime supremacista dos EUA, cujo propósito é recrudescer as já reiteradas ameaças ao nosso povo."

Fonte: Folhapress
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