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China anuncia retaliação e vai impor sobretaxa a produtos dos EUA

As sobretaxas anunciadas nesta terça entrarão em vigor na próxima segunda-feira (24), mesma dia em que as tarifas americanas passarão a valer.

18/09/2018 12:54

A China decidiu retaliar os Estados Unidos após o governo de Donald Trump anunciar sobretaxas para mais US$ 200 bilhões em importações do país asiático.

Nesta terça-feira (18), Pequim anunciou a imposição de sobretaxas contra o equivalente a US$ 60 bilhões de importações em produtos americanos. As tarifas, de 5% e 10%, em vez de até 25%, taxa proposta anteriormente.

As medidas irão afetar 5.207 produtos americanos. A lista incluir desde desde gás natural liquefeito e minérios até café e vários tipos de óleos comestíveis, vegetais congelados, pó de cacau e químicos, entre outros.

Em comunicado, o Ministério das Finanças chinês afirmou que, se os EUA continuarem a impor ainda mais sobretaxas contra Pequim, a China irá contra-atacar.

"A China é forçada a responder ao unilateralismo e ao protecionismo comercial dos EUA, e não tem escolha senão responder com suas próprias tarifas", disse o ministério.

As sobretaxas anunciadas nesta terça entrarão em vigor na próxima segunda-feira (24), mesma dia em que as tarifas americanas passarão a valer.

A diferença em relação às sobretaxas anteriores que o governo Trump já havia anunciado é que a nova medida irá afetar consumidores diretamente e bem às vésperas da temporada de compras de fim de ano.

No caso dos EUA, as tarifas serão de 10% até 1º de janeiro, quando aumentarão para 25%.

A lista do USTR (Departamento de Comércio dos Estados Unidos) inclui desde frutos do mar até produtos eletrônicos, móveis e materiais de construção.

A China já havia anunciado mais cedo, nesta terça, que poderia retaliar os EUA. Em resposta, Trump, ameaçou adotar uma nova retaliação contra a China se Pequim atingir os trabalhadores agrícolas ou industriais americanos e acusou Pequim de tentar influenciar a eleição dos EUA para prejudicar agricultores, que ajudaram a elegê-lo.


Foto: reprodução

Trump disse que a China está tentando usar o comércio para prejudicá-lo com seus apoiadores antes das eleições parlamentares, em 6 de novembro.

"A China declarou abertamente que está ativamente tentando impacta e mudar nossa eleição, atacando nossos agricultores, fazendeiros e trabalhadores industriais por causa de sua lealdade a mim", escreveu Trump.

Não ficou claro sobre qual declaração de Pequim o presidente estava se referindo em suas publicações.

"Haverá uma grande e rápida retaliação econômica contra a China se nossos agricultores, pecuaristas e/ou trabalhadores industriais forem prejudicados!", acrescentou o americano.

Segundo o Ministério das Finanças chinês, o país responderá mais e de forma adequada se os Estados Unidos insistirem em aumentar as tarifas.

Em julho, Pequim divulgou um pequeno vídeo em inglês apresentando um desenho animado falante de soja confirmando a importância do comércio. O desenho pontua que nove dos dez maiores Estados produtores de soja votaram em Trump nas eleições presidenciais de 2016.

"Então os eleitores vão apoiar Trump e os republicanos assim que forem atingidos em suas carteiras?", pergunta o grão.

Fonte: Folhapress
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