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Irã afirma que novas sanções americanas reforçam a determinação do país

O Irã aceitou interromper seu programa nuclear, com o compromisso de não buscar produzir a bomba atômica

16/05/2018 08:20

A decisão americana de adotar novas sanções contra o Irã, em particular contra o presidente do Banco Central, apenas reforçam a determinação e a resistência de Teerã ante Washington, afirmou o ministério das Relações Exteriores.

"Esta medida injustificável é um novo exemplo da atitude irracional e das políticas hostis do governo americano a respeito da República Islâmica", afirmou o porta-voz Bahram Ghasemi em um comunicado do ministério.

"Depois do fracasso e dos efeitos devastadores de seus próprios erros vinculados a seu abandono unilateral do acordo nuclear iraniano, Washington tenta influenciar a vontade e as decisões dos outros países membros (do acordo) e do mundo", completou.

Para Ghasemi, estas "venenosas políticas não trouxeram êxito aos Estados Unidos e não trarão".

Washington anunciou na terça-feira novas sanções contra interesses iranianos, especialmente contra o presidente do Banco Central do Irã, Valiollah Seif, acusado de ter participado no financiamento clandestino do movimento xiita libanês Hezbollah, aliado de Teerã.

Foto: Casa Branca/Shealah Craighead

Também foram sancionados um alto funcionário do Banco, Ali Tarzali, um representante do Hezbollah acusado de trabalhar com a Força Quds da Guarda Revolucionária (exército de elite do Irã), Muhamad Qasir, e o banco Al-Bilad, localizado no Iraque, e seu executivo Aras Habib.

Este último foi candidato nas eleições legislativas iraquianas de sábado, em uma boa posição na lista liderada pelo atual primeiro-ministro, Haider al-Abadi, apoiado pela comunidade internacional e especialmente pelos Estados Unidos.

O presidente americano, Donald Trump, cumpriu em 8 de maio a ameaça de retirar seu país do acordo nuclear iraniano, assinado em 2015 pelo Irã e as grandes potências.

Como parte do acordo, o Irã aceitou interromper seu programa nuclear, com o compromisso de não buscar produzir a bomba atômica em troca de uma suspensão parcial das sanções internacionais.

Fonte: Jornal do Brasil
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