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Macri defende reduzir maioridade penal no Congresso argentino

Sobre projetos para o ano, Macri mencionou a reforma do Código Penal como uma das prioridades.

01/03/2019 14:15

Em seu discurso de abertura do ano legislativo, no Congresso argentino, o presidente Mauricio Macri admitiu a dificuldade de enfrentar problemas em relação ao aumento da pobreza e da inflação em 2018. Ele mostrou otimismo para este ano, em que buscará sua reeleição em outubro.

Comparando com o ano em que assumiu o cargo, 2015, disse que "hoje a Argentina está mais bem colocada", e relativizou uma promessa de campanha, que era a de chegar à pobreza zero. Hoje o índice é de 33%. "O zero é uma meta, um horizonte, e estamos caminhando nessa direção", disse.

Sobre projetos para o ano, Macri mencionou a reforma do Código Penal como uma das prioridades. O projeto tem como meta aumentar penas por narcotráfico e corrupção e pode incluir a despenalização do aborto, embora a Lei do Aborto (que permitia a interrupção da gravidez até a 14ª semana) deva voltar a ser votada pelo Congresso em 2019.

"O atual código penal tem cem anos e não serve para os dias de hoje". Um dos pontos polêmicos é que incluirá a redução da maioridade penal. "Mas não se trata apenas de baixar a idade, temos um projeto mais amplo, para incluir os jovens na sociedade e evitar que caiam na delinquência."

Macri também disse que o combate à desigualdade de gênero e ao estupro infantil também terá um projeto de lei separado.

O assunto ganhou visibilidade nos últimos dias, quando médicos da província de Tucumán se recusaram a realizar um aborto que fora aprovado pela Justiça porque a gravidez era resultado de um estupro. Eles realizaram uma cesárea numa garota de 11 anos, que acabou dando à luz a um bebê de 600 gramas, que está em estado grave numa incubadora.

No balanço positivo da gestão, o presidente argentino destacou o aumento do turismo, da produção de energia e as realizações da reunião da OMC e do G20. "Nossa liderança regional ficou clara na cúpula do G20. Estou seguro de que muitos se emocionaram ao ver o que os argentinos podem alcançar." 

"O apoio internacional me enche de entusiasmo", afirmou. Ele também disse que esse reconhecimento está aos poucos trazendo novos investimentos ao país. 

Sobre os ajustes nas tarifas que estão fazendo com que a inflação não baixe, Macri disse que serão compensados com planos sociais. Ele anunciou um aumento de 46% no programa que equivale ao Bolsa Família no Brasil, que atende a população mais pobre.

Fonte: Sylvia Colombo - Folhapress
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