Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Morre policial que foi trocado por reféns na França

Com a morte do policial, o número de vítimas no ataque terrorista desta sexta-feira sobe para quatro mortos e 15 feridos

24/03/2018 09:12

O tenente-coronel francês Arnaud Beltrame se entregou à Radouane Lakdim, o jihadista que atacou um supermercado de Trèbes, perto de Carcassone, nesta sexta-feira (23), para salvar um refém, mas foi gravemente ferido. Levado para o hospital, ele não resistiu aos ferimentos e faleceu neste sábado (24).

O caso provocou uma grande comoção no país. O presidente francês, Emmanuel Macron, declarou que o policial de 45 anos morreu como um herói e merecia o "respeito e a admiração de toda a a nação". Em um comunicado, Macron acrescentou que o tenente "provou ter uma coragem e uma abnegação excepcionais".

O ministro do Interior francês, Gérard Collomb, também publicou um tweet onde homenageia o policial. "Morto pela pátria. A França não se esquecerá de seu heroísmo, sua bravura, seu sacrifício". Nas redes sociais, milhares de franceses também prestaram homenagens.

Antes de se entregar ao autor dos ataques, que já havia atirado em duas pessoas, o policial deixou seu celular ligado em cima da mesa. Com isso, a tropa de elite antiterrorista francesa pode ouvir o que estava acontecendo dentro do supermercado. A intervenção, que culminou na morte do agressor, aconteceu no momento em que os agentes ouviram tiros, desferidos contra o tenente francês. Durante a operação, mais dois policiais ficaram feridos.

Com a morte do policial, o número de vítimas no ataque terrorista desta sexta-feira sobe para quatro mortos e 15 feridos. Casado e sem filhos, Arnaud Beltrame havia obtido a condecoração da ordem nacional do Mérito.

Segundo o jornal local La Dépêche du Midi, ele havia participado em dezembro de um exercício simulando um ataque em massa em um supermercado. Esse tipo de treinamento se tornou comum na França desde os atentados de 2015 e a instauração do estado de emergência.

Fonte: RFI
Mais sobre: