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Trump concordou em se reunir com Kim Jong-un, diz sul-coreano

O encontro entre os dois líderes deve ocorrer até o fim de maio

09/03/2018 07:55

Em um movimento inesperado, o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, informou que está disposto a conversar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que, por sua vez, topou o encontro. O comunicado foi feito nesta quinta (8) pelo diretor de segurança nacional da Coreia do Sul, Chung Eui-young, que esteve com Kim nesta semana, em Pyongyang. O encontro entre os dois líderes deve ocorrer até o fim de maio.

"Kim expressou ávido interesse para encontrar o presidente Trump assim que possível", declarou Chung, em entrevista na Casa Branca, em Washington, para onde viajou horas depois de voltar da Coreia do Norte. O objetivo da reunião é debater a erradicação permanente dos programas nucleares na península Coreana.

Foto: Dan Scavino Jr White House

"Encontro em planejamento!", afirmou Trump na noite desta quinta (8). "Grande progresso, mas as sanções continuarão ativas até que um acordo seja obtido." O aceno ocorre depois de um ano de elevada tensão, em que Kim realizou uma série de testes com mísseis e armas nucleares e afirmou ter um botão nuclear ao alcance de suas mãos - ao que Trump, que costumava chamá-lo de "o homem do foguete", respondeu ter um botão "maior e mais poderoso".

Desde o início do ano, porém, o norte-coreano retomou o diálogo. O país enviou uma delegação para a Olimpíada de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul, em fevereiro e, na segunda (4), uma comitiva sul-coreana esteve em Pyongyang para debater a possibilidade de livrar o país de armas nucleares.

Segundo o representante sul-coreano, Kim "deixou claro" que não iria se retomar as provocações num eventual encontro com Trump. O ditador norte-coreano também teria se comprometido a interromper os testes nucleares e lançamentos de mísseis no período das negociações, já a partir desse mês.

Segundo Chung, a política de "pressão máxima" de Trump contra a Coreia do Norte, aliada à solidariedade internacional, levou ao atual desfecho. Os EUA têm mantido diversas sanções contra o país, além de ter acirrado o discurso em desaprovação à ditadura de Kim e às violações aos direitos humanos.

Chung afirmou estar otimista sobre a possibilidade de uma solução diplomática e pacífica para a desnuclearização da Coreia do Norte. Nesta semana, porém, o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, afirmou que "ainda é cedo para ser otimista", e que os três países ainda estão "na linha de largada" das negociações.

O local da reunião entre os líderes ainda será definido.

Fonte: Folhapress
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