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Academia Piauiense de Letras anuncia a criação do Museu da Escrita

No mesmo prédio onde funcionou o sanatório Meduna, além do Museu da Escrita também acontecerá a instalação da biblioteca da Academia

08/01/2016 07:49

No próximo sábado (09) a diretoria Academia Piauiense de Letras reeleita toma posse para a gestão 2016/2017. O biênio, de acordo com os diretores, irá refletir o aniversário de 100 anos da instituição. O plano de ações para o período prevê, além da continuidade das iniciativas editoriais, a criação da biblioteca da APL e um Museu da Escrita.

Segundo o presidente reeleito da APL, Nelson Nery Costa, os dois espaços serão sediados no prédio do antigo Meduna, localizado no terreno que pertence ao Shopping Rio Poty. O edifício será completamente recuperado e abrigará diversas manifestações culturais no local.

“Um grande desafio que a Academia está tendo agora, junto com a Prefeitura de Teresina, é recuperar o prédio do Meduna. Esse é um projeto desenvolvido pela Prefeitura com o atual proprietário do imóvel. A Academia terá dois pavimentos: um de 120 metros quadrados e outro de 140 metros quadrados”, conta.

Já Museu da Escrita é um projeto ousado sobre uma perspectiva de futuro da literatura, apresentando o universo literário de uma forma diferente. “Deverá ser nos moldes do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. É um museu com a perspectiva do amanhã, de futuro. O nosso passado é a nossa biblioteca e o museu seria os 100 anos para frente. Isso seria um contraponto. Estamos captando recursos para esse projeto”, acrescenta o presidente.

O prédio do Meduna será completamente restaurado. Os arquitetos Júlio Medeiros e Lavínia Brandão estão à frente do projeto, que resultará em vários ambientes, como uma área para a Arquidiocese, o Memorial Wall Ferraz, o Museu de Artes Sacras, um museu de Clidenor Freitas, e uma área à esquerda com o Memorial Carlos Castelo Branco.

Além do aspecto cultural, a diretoria da APL pretende, durante a nova gestão, se envolver com as questões que envolvem a sociedade. Para isso, programa um evento com nomes de profissionais renomados para discutir os próximos centenário do estado do Piauí, levantando pontos sobre agricultura, turismo, indústria e comércio, meio ambiente e desenvolvimento urbano.

“Estamos programando também um resgate do Piauí. Um projeto que tem um nome provisório: Piauí 2117. A gente quer pensar o Piauí daqui a 100 anos. Como será o Estado sob todos os aspectos. É algo que queremos programar para o segundo semestre. Queremos produzir um documento sobre o que nós pensamos sobre o Piauí. É uma forma de resgatar os seus 100 anos de passado, mas também de abrir uma cortina para os próximos 100 anos da Academia”, comenta Nelson Nery.

O biênio inclui ainda ações editoriais. Em 2017, quando a APL completar seu centenário, os leitores terão à disposição as 100 principais obras já publicadas no Estado. A Coleção Centenário já alcançou a marca de 50 títulos publicados, que podem ser encontrados nas livrarias. Há pretensões de avançar e dar voz aos novos autores, às publicações atuais, oportunizar a produção de textos contemporâneos.

A diretoria reeleita é composta por Nelson Nery Costa, presidente; Oton Mario Lustosa Torres, vice-presidente; Herculano Moraes, secretário geral; Elmar Carvalho, 1º secretário; Wilson Nunes Brandão, 2º secretário; e Humberto Guimarães, tesoureiro. A cerimônia de posse acontece na sede da APL, às 10h.


Por: Yuri Ribeiro - Jornal O DIA
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