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Apipa deve R$ 16 mil a clínicas veterinárias e pede ajuda

Segundo a administradora da ONG, Jane Haddad, a situação é urgente.

17/09/2015 07:12

A Associação de Proteção e Amor aos Animais (Apipa) passa por grandes dificuldades financeiras. Além da conta de água atrasada, cujo débito já soma R$ 40 mil, a ONG deve hoje R$ 16 mil a clínicas veterinárias e, por isto, estes estabelecimentos não querem mais atender às demandas da Associação. Para quitar as dívidas, a Apipa está realizando uma campanha para arrecadar dinheiro e voltar a ter crédito para levar os animais às clínicas veterinárias. 

Segundo a administradora da ONG, Jane Haddad, a situação é urgente. “Estamos devendo R$ 16 mil e não há mais como as clínicas nos receberem sem que a gente comece a abater esse montante de débitos”, explica. São várias clínicas que ajudam a Associação, dando um desconto simbólico para entrada de cães e gatos levados pela Apipa. “Eles nos dão uma semana para quitar e, como não conseguimos, foi acumulando até chegar a situação em que está. Por exemplo, quando precisamos internar, uma diária custa R$ 50, imagine quanto isso dá levando em consideração a nossa demanda”, relata a administradora. 

As campanhas estão sendo realizadas na Fan Page da Associação, no Facebook, para conseguir pagar as dívidas e retomar o crédito. “Nós temos 22 mil seguidores na nossa rede social, se todo mundo doasse R$ 1 não estaríamos com essa dívida”, fala Jane. 

Além disso, a educadora física Ceição Lopes, durante todo este mês de setembro, ministrará um curso de flexibilidade no Parque Potycabana e o valor da hora aula, R$ 10, será destinado para Apipa. O curso acontece no espaço THEAMO, aos domingos, às 18h. 

Superlotação 

Jane Haddad declara ainda que, todos os dias, ocorrem inúmeros casos de resgate de animais. Alguns bichos são encontrados pelos próprios membros da ONG, sem intermédio de alguém de fora. Outros são encontrados por pessoas que se identificam com a causa e têm condições financeiras de ajudar no tratamento. “Como também há pessoas que são muito carentes, mas que gostam de animais e querem ajudar, e nos procuram”, conta Jane. 

Segundo a administradora, o abrigo da ONG também está superlotado e não consegue mais abrigar animais. Em média, dois cães adultos são adotados por mês na Associação. “Filhote não ocupa canil, eles ficam no cercadinho. Mas os canis estão lotados, cada um tem três animais, quando o ideal seria ter só um”, diz. O espaço solário, onde há recreação entre os animais, já foi concluído. 

Com angústia, Jane Haddad fala sobre alguns casos de abandono na porta da Apipa. Como o abrigo está superlotado, os integrantes explicam a situação para as pessoas que querem deixar animais no local. “Acontece que têm pessoas que esperam que saiamos e abandonam os animais aqui na porta”, explica. Também há pessoas que deixam filhotes dentro de caixas durante a noite e, no dia seguinte, são encontrados mortos.

Por: Ana Paula Diniz- Jornal O Dia
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