A ocupação na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), órgão do Ministério da Cultura no Piauí, já completou um mês. O movimento teve início no último dia 23 de maio, com atores, músicos, educadores, estudantes e artistas da capital protestando pela volta de ministérios fechados e pela saída do presidente interino Michel Temer.
Após 31 dias, os
manifestantes deixam o prédio nesta sexta-feira (24). Segundo Eli Santos, do
#OcupaMinc, será feita uma limpeza no prédio durante a manhã, além de um ato
que deve ser feito próximo ao cruzamento da Avenida Miguel Rosa com a Frei
Serafim. Um grupo de 25 pessoas também vai à Brasília, para um encontro nacional
das ocupações pelo Brasil, onde discutirão sobre atividades a serem desenvolvidas.
A motivação inicial do protesto era a recriação do Ministério da Cultura (MinC), que havia sido integrado ao Ministério da Educação (MEC) por Michel Temer (PMDB). Mesmo após o anúncio da volta do Ministério, o movimento decidiu dar continuidade a ocupação.
A bailarina piauiense Luzia Amélia (Fotos: Moura Alves/ODIA)
Durante a permanência no IPHAN, a bailarina Luzia Amélia afirmou ter encontrado inúmeras irregularidades em seu funcionamento. “Ele é um órgão que praticamente não existe, não funciona. A gente percebe que os funcionários chegam na hora que querem. E nós estamos aqui, além de lutar pelo Fora Temer, percebendo a realidade deste órgão, e o modo como nossa cidade, nosso estado vive”, relatou.
Durante a ocupação, foram desenvolvidas várias oficinas, shows, apresentações, aulas e discussões de cunho social e político. Discussões políticas sobre mulheres devem finalizar a programação do movimento na noite desta quinta-feira (23).
Edição: Nayara FelizardoPor: Marcos Cunha (estagiário)