O Centro de Valorização da
Vida de Teresina (CVV) está
com inscrições abertas para seleção e capitação de voluntários
para trabalhar na instituição. A
ONG presta apoio emocional
às pessoas e realiza prevenção
do suicídio, gratuitamente, há
54 anos.
O coordenador de comunicação do CVV, Eyder Mendes,
afirma que o Centro é um ombro amigo para as pessoas que
estão passando por um momento delicado e que pensam em tirar a própria vida. “A gente está
disponível para conversar com
as pessoas, de forma que elas desabafem seus problemas, porque
só o fato delas contarem já ajuda
em muita coisa”, comenta Eyder.
Em Teresina, o atendimento é feito somente via telefone,
através do número 3222-0000,
das 6h às 22h. Mas existe também um atendimento realizado via internet, pelo site www.cvv.org.br. “A nossa pretensão é
trabalhar 24 horas nos sete dias
da semana. A gente já trabalha
os sete dias, mas nós queremos
ampliar esse horário; por isso,
nós estamos oferecendo o curso. Precisamos de pelo menos
mais 15 voluntários para tentar
fechar todos os horários do final
da noite e madrugada”, explica o
coordenador.
Para ser voluntário do CVV, a
pessoa precisa ter idade de, no
mínimo, 18 anos e disponibilidade de tempo, de quatro horas
por semana. “É um horário de
plantão em determinado dia da
semana e participar de um curso
que começa dia 30. Este curso
será dividido em oito aulas, durante os sábados das 14h às 18h
e aos domingos de 8h às 12h”,
detalha Eyder.
O curso de capacitação trabalha com a linha psicológica humanista do psicólogo americano Carl Rogers. “É centrado na
pessoa, a gente valoriza a questão do sentimento da pessoa.
A gente capacita os voluntários
dentro dessa linha, ensinando a
eles técnicas sobre como ouvir
e o que falar. Por exemplo, nós
não damos aconselhamento, estamos vetado nesse ponto, porque acreditamos que todas as
pessoas têm dentro de si a chave para resolver os seus problemas. A gente procura estimular
a pessoa a resolver o problema
com a solução que ela mesma
encontrou. Procuramos tornar
a pessoa autora de sua própria
história”, explica o coordenador.
O CVV atende cerca de 300
ligações por mês, uma média
de 10 por dia. Atualmente, trabalham na ONG 35 voluntários. Quem deseja se candidatar
como voluntário não precisa
apresentar grau de escolaridade.
“O que importa para a gente é a
questão da sensibilidade humana que a pessoa tem para saber
ouvir e conversar com o outro”,
esclarece.
Sobre o CVV
O Centro de Valorização da
Vida, fundado em São Paulo
em 1962, é uma associação civil
sem fins lucrativos, filantrópica,
reconhecida como de Utilidade
Pública Federal em 1973. Presta serviço voluntário e gratuito
de apoio emocional para todas
as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo.
Os mais de um milhão de atendimentos anuais são realizados
por 2.200 voluntários em 18
estados mais o Distrito Federal.
“99% das pessoas que nos
ligam não querem conselho.
O que elas querem mesmo é
alguém com quem elas possam conversar sem dizer nada
para elas. Porque, às vezes, elas
pensam que o aconselhamento é uma violência contra elas,
alguém que lhes diga o que é
correto. A gente estimula as pessoas a pensarem, a refletir e elas
mesmas encontrarem uma saída
para o problema delas”, conclui
Eyder.