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Classe C tem potencial de consumo quase três vezes maior que a Classe A

O Piauí ocupa o 22º lugar no ranking nacional e tem potencial total de consumo (urbano e rural) de R$ 44.839.121.909.

14/06/2019 07:08

O consumo das famílias brasileiras continuará crescendo, indo na contramão das últimas expectativas e impulsionando o Produto Interno Bruto (PIB). Segundo estudo IPC Maps com base em dados oficiais, em 2019 a economia tem potencial para movimentar cerca de R$ 4,7 trilhões, sendo responsável por 64,8% da somatória de bens e serviços deste ano. 

Mas, um dado chama atenção: o potencial de consumo dos piauienses de acordo com a classe social. O Piauí ocupa o 22º lugar no ranking nacional e tem potencial total de consumo (urbano e rural) de R$ 44.839.121.909. Desse total, a classe C é responsável por um potencial de consumo de R$ 14.166.127.353 (37,8%), ou seja, quase quatro vezes mais que a classe A, que tem potencial de consumo de R$ 4.173.144.184 (11,1%). Já a classe B tem potencial de consumo de R$ 12.149.170.139 (32,4%).

Entre as capitais, Teresina ocupa a 35ª colocação no ranking nacional, com potencial de consumo de R$ 16.579.528.445 (urbano e rural). Já entre os municípios piauienses, a Capital lidera a lista, novamente com a classe C com um bom potencial de consumo, de R$ 6.086.227.956 (37,9%), superior às classes B (R$ 5.240.895.944), com 32,6%, e classe A (R$ 2.384.810.310), 14,8%.

Em Teresina, o item com maior participação é o de manutenção do lar (R$ 3.214.437.021), novamente com destaque para a classe C (R$ 1.235.594.238). O segundo item com maior destaque é o de alimentação no domicílio (R$ 2.672.001.361).


Foto: Reprodução

Nacional

Segundo o estudo IPC Maps, as capitais perderão espaço no consumo (de 29,6% em 2018 para 28,9% este ano) e, em contrapartida, o interior dos estados voltará a dar sinais de recuperação, elevando de 54% para 54,4% a movimentação de recursos neste ano.

Embora com presença reduzida em quantidade de domicílios, a classe B continua puxando o cenário de consumo: representa 20,97% dos domicílios e encabeça o ranking com 38,41% (cerca de R$ 1,67 trilhão) dos recursos que serão gastos pelos brasileiros em 2019.

Cada vez mais próxima, a classe C aparece com 37,5% (cerca de R$ 1,63 trilhão) dos desembolsos, representando 48,08% das residências. No topo da pirâmide, a classe alta (A), com 2,45% dos domicílios, aumenta seus gastos para 13,68% (R$ 595,2 bilhões) neste ano, ante 13,4% em 2018; bem como a classe D/E que, de 9,6% sobe para 10,41% (R$ 452,9 bilhões) neste ano, representando 28,5% dos domicílios. Na área rural, essa movimentação terá uma evolução significativa: de R$ 304,8 bilhões em 2018, passará a R$ 335,9 bilhões em 2019.

Além de traçar um comparativo por classes sociais, o estudo também revela onde os consumidores gastam sua renda. Nesse quesito, o cenário continua praticamente igual ao do ano passado, com os seguintes itens básicos no topo da lista: manutenção do lar (incluindo aluguéis, impostos, luz, água e gás) 26,8%; alimentação (no domicílio e fora) 17,3%; transportes e veículo próprio 7,4%; medicamentos e saúde 6%; vestuário e calçados 4,8%; materiais de construção 4,3%; recreação, cultura e viagens 3,2%; eletrodomésticos e equipamentos 2,4%; educação e higiene pessoal 2,2% cada; móveis e artigos do lar 1,9%; bebidas 1,3%; artigos de limpeza 0,7%; e fumo 0,6%.

A exemplo dos últimos anos, a população segue envelhecendo. Em 2019, mais de 29 milhões de brasileiros terão 60 anos ou mais, sendo a maioria formada por mulheres. Na faixa etária economicamente ativa, de 18 a 59 anos, esse número é de 127,2 milhões, ou 60,5% do total dos habitantes. Representando a minoria, os jovens e adolescentes, entre 10 e 17 anos, somam 24,4 milhões, sendo superados pelas crianças de até 9 anos, que já representam 29,4 milhões.

Mercados potenciais

O desempenho dos 50 maiores municípios brasileiros, embora continue em ligeira queda, equivale a 39,43%, ou R$ 1,848 trilhão de tudo o que é consumido no território nacional. No ranking dos municípios, os maiores mercados permanecem sendo, em ordem decrescente, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, que subiu uma posição e ultrapassou Brasília, seguidos por Salvador, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre e Manaus, que recuperou o 9º lugar, derrubando Goiânia para o 10º.

Cidades interioranas como, Campinas, Guarulhos, Ribeirão Preto, São Bernardo do Campo e São José dos Campos (SP), São Gonçalo e Niterói (RJ), Joinville (SC), Uberlândia (MG) e Caxias do Sul (RS), entre outras,  também ganham destaque nessa seleção.

Edição: Biá Boakari
Por: Isabela Lopes - Jornal O Dia
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