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Ex-vendedor que se tornou empresário: "Perda de João Claudino é irreparável"

Marin definiu João Claudino como um grande empresário do norte e nordeste do país, mas fez questão de ressaltar as qualidades pessoas do empresário

24/04/2020 15:28

A morte do empresário João Claudino, 89 anos, na manhã desta sexta-feira (24) vítima de um câncer de próstata comoveu não só familiares e os milhares de colaboradores do Grupo Claudino, mas também quem teve a oportunidade de trabalhar nas empresas, aprender com a forma de gestão de João Claudino e investir no próprio negocio.

Esse é o caso de Francisco Oliveira Marin, empresário do setor de móveis e eletrodomésticos na cidade de Campo Maior. “Uma perda muito grande. Uma perda desse tamanho é irreparável, porque João Claudino é João Claudino. É uma perda irreparável. É um prejuízo muito grande para o Piauí. Poucas mulheres têm a felicidade de colocar no mundo um homem daquela natureza”, expressou.

Marin definiu João Claudino como um grande empresário do norte e nordeste do país, mas fez questão de ressaltar as qualidades pessoas do empresário. A simplicidade e a disposição para o trabalho são lembradas como as maiores virtudes do empresário. “João Claudino pode ser definido como um grande empresário e, maior ainda, como pessoa. Ele e sua família. Como empresários, grandes; e como pessoas, maiores ainda. Uma família rica, mas muito simples”, descreveu.

A relação entre Marin e as empresas de João Claudino começou na metade de 1975. Em busca de emprego, ele bateu na porta do Armazém Paraíba de Bacabal, no Maranhão, cidade onde foi inaugurada a primeira loja do Paraíba em 1958. Desde então a empresa cresceu e abriu filiais em várias outras cidades do estado. O emprego sonhado por Marin foi conquistado. Era tarde de 27 de junho quando iniciou como vendedor.

Foto: Reprodução

Cinco anos depois a forma de Marin trabalhar chamou atenção. Recebeu uma promoção e passou a chefe de confecção do Armazém Paraíba da cidade de Codó, MA. Logo em seguida assumiu o cargo de subgerente da loja até ocupar o posto de gerente do Armazém Paraíba de Campo Maior.

“Comecei trabalhar no Paraíba no dia 27 de junho de 1975, um dia de sexta-feira, na cidade de Bacabal, no Maranhão. Comecei trabalhando como vendedor, onde fiquei por cinco anos. Fui chefe do setor de confecção cinco anos e subgerente dois anos em Codó, MA. Cheguei a gerente e fiquei 13 anos do Armazém Paraíba de Campo Maior” resume Marin.

Com a experiência que conseguiu no Grupo Claudino, Marin resolveu apostar no próprio negocio. Em 2000, deixou o Paraíba para inaugurar a Marinlar, uma loja que concorreria com a empresa de João Claudino; somente com as empresa, porque amizade entre os dois só cresceu.

“Como funcionário do Armazém Paraíba falava com ele muito pouco porque ele sempre era muito ocupado, até pelo tamanho do grupo. Mas depois que deixei a empresa nossa relação ficou muito maior, conversámos coisas muito próximas, muito pessoais. Era um exemplo de simplicidade”, observou.

Perguntado sobre o papel que a empresa desempenhou em sua vida, Marin é contundente. “O que tenho e o que construi gradeço a Deus e a oportunidade que eu tive de trabalhar no Armazém Paraíba. O Piauí todo é muito grato a João Claudino”, finalizou. 

Por: Otávio Neto
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