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Empresários usam Pokémon GO para lucrar e atrair clientes em Teresina

Donos de estabelecimentos estão investindo e transformando o local em um PokéStop

14/08/2016 09:10

Lançado no Brasil no dia 3 de agosto, o Pokémon GO virou uma febre entre crianças, jovens e adultos. O jogo eletrônico free-to-play de realidade aumentada faz uso do GPS e câmera de dispositivos compatíveis e permite que o jogador capture, batalhe e treine os pokémons que aparecem nas telas dos aparelhos, como se fossem no mundo real. 
Após ser lançado, o aplicativo foi baixado por mais de 75 milhões de pessoas em todo o mundo e hoje já ultrapassa os 100 milhões de downloads. O jogo foi desenvolvido através de parceria entre a Niantic, Inc., a Nintendo e a The Pokémon Company e está disponível para as plataformas iOS e Android. 
E quem está aproveitando este aplicativo para atrair consumidores e lucrar são os empresários. Os estabelecimentos estão investindo em pontos de atração, ou seja, transformando o local em um PokéStop, o que atrai os jogadores. É o que fez o gerente de uma loja de cervejas especiais, na zona Leste de Teresina. João Furtado conta que, antes mesmo do jogo ser lançado no Brasil, empresas em todo o mundo estavam usado esta ferramenta para gerar receita para seus empreendimentos. 

Empresário contratou o módulo de atração de pókemons e está fidelizando clientela (Foto: Elias Fontenele/ O Dia)

“Eu percebi que o Pokémon GO estava gerando muita receita para as empresas, que era uma alternativa de marketing e atração de cliente em alguns casos fora do Brasil, no qual usa-se um módulo de atração para atrair cliente para dentro dos estabelecimentos. Assim, o cliente vai lá capturar seu pokémon e acaba consumindo algum produto da loja”, disse. 
João Furtado explica que está aproveitando a boa fase e repercussão que o jogo está tendo, principalmente neste período de crise econômica que tem atingido o País, para atrair clientes para sua loja. Ele fala que contratou o módulo de atração assim que o jogo chegou ao Brasil e a primeira publicação nas redes sociais, associando o Pokémon GO à cervejaria, teve uma excelente repercussão. 

“Na nossa chamada, colocamos que a pessoa poderia ir até o local capturar seu pokémon e aproveitar para provar uma de nossas cervejas. No vídeo, mostramos um cliente consumindo nosso produto e jogando, para mostrar que o consumidor pode se divertir das duas formas. E essa chamada teve uma repercussão tão boa que, na sexta-feira, gerou um movimento bem legal na loja”, relata. 
O gerente acrescenta que o Pokémon GO está sendo jogado por pessoas de todas as idades e observa que o público que frequenta o estabelecimento também aderiu ao jogo. “São pessoas com mais de 30 anos; então, resolvemos agradar esse público que se enquadra no nosso perfil de clientes e que também acompanhava o desenho quando crianças”, cita. 
João Furtado enfatiza que a previsão é de que Pokémon GO se mantenha no auge por dois meses e, enquanto estiver acontecendo, a loja investirá nesse módulo para atrair clientes. Ele ainda afirma que, por ser um jogo que não ficou estereotipado como sendo infantil, ou seja, pessoas de todas as idades acabam ‘entrando na brincadeira’, a expectativa é de que a ideia acabe se estendendo para outros setores. 
Grupo investe em centro de convivência nerd 
E aproveitando a grande movimentação que o Pokémon GO tem causado, um grupo de empreendedoras está elaborando um projeto para criar um centro de convivência nerd, onde os amantes do mundo geek e de games poderão interagir com total segurança. A proposta visa encontrar um espaço, preferencialmente localizado em frente a uma praça, e revitalizar este local. 
Gilderlane Camelo é empreendedora e uma das criadoras desse projeto. Ela conta que, neste local, as pessoas poderão, além de jogar, ter competições, comer, interagir, e comprar souvenir, tanto de pokémon quanto de outros jogos, filmes e séries. 

(Foto: Folhapress)

“Geralmente, o PokéStop fica em locais públicos e monumentos históricos, como praças. E como o jogo requer que as pessoas saiam de casa e interajam com o ambiente em volta, queremos revitalizar essa praça, ocupando-a e tornando-a um lugar atrativo e reagrupando pessoas”, disse. 
Para tornar este espaço agradável e que atenda a todos os públicos, também será feita parceria com outros empreendedores dos setores de bar e lojas de artigos nerds, para disponibilizar produtos como canetas, camisetas, jogos, entre outros itens. Ainda será ofertada internet em alta velocidade e locais para carregar os celulares dos jogadores.
 A previsão é de que, até o final do próximo mês, local para instalação do centro de convivência nerd já tenha sido definido e instalado. Segundo Gilderlane Camelo, a proposta surgiu da necessidade de atender a um público ainda não contemplado com o jogo em Teresina. 
“Não temos bares voltados para esse público específico, o que temos são alguns lugares que oferecem um serviço ou outro, mas não contemplam boa parte dos jogadores. O que queremos com esse centro de convivência é atrair essas pessoas, o que é uma boa forma de aproveitar as oportunidades que o jogo está dando, e oferecer um local de diversão”, disse. 
Além disso, ela destaca que o jogo tem proporcionado uma interação maior entre grupos de amigos, principalmente porque eles precisam percorrer a cidade em busca dos pokémons. Isso faz com que eles acabem encontrando outras pessoas e interagindo e, claro, ocupando espaços muitas vezes esquecidos, como praças.
Por: Isabela Lopes - Jornal O DIA
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