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Falta de acesso à internet também é barreira para solicitar benefício

Em Teresina, escolas municipais estão sendo ponto de apoio para a população que tem dúvidas sobre o auxílio emergencial do Governo Federal

28/04/2020 08:47

Para quem tem dificuldade de garantir alimentação ou equilíbrio das contas básicas como luz e água, ter internet em casa é, muitas vezes, um luxo. Por isso, a primeira barreira para ter acesso ao benefício emergencial do governo foi ter de driblar a falta de acesso à internet.


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As operadoras Vivo, Oi, Claro, Tim e Nextel ofertam planos variados de pacotes com dados móveis. Os mais baratos podem custar R$ 0,99 por dia, com acesso a 60MB, no caso da OI; ou pacotes de até 5GB, com valor de R$ 69, no caso da Tim.

Na casa de dona Cira, a solução foi buscar a internet com a vizinha. "Minha neta tem celular, porque eu não sei mexer com isso, e nós baixamos o app lá e ela e minha vizinha fizeram o cadastro. A gente já teve internet, mas hoje não tem mais condição porque não tem dinheiro", conta.


De a 10 a 15 pessoas buscam, por dia, serviço ofertado em escolas - Foto: Glenda Uchôa/O Dia

Uma forma de facilitar este acesso veio da Prefeitura de Teresina. Escolas municipais estão sendo ponto de apoio para a população que tem dúvidas sobre o auxílio emergencial do Governo Federal. O serviço está sendo ofertado em 19 unidades de ensino, onde trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados podem buscar mais informações e até realizar o cadastramento.

Carla Furtado, que trabalha na Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi) e atua no serviço de atendimento ao público nas escolas durante a pandemia, afirma que a procura varia de 10 a 15 pessoas na Escola Municipal Lunalva Costa, bairro Dirceu II.

"A maior busca é por informação, porque a gente vê que mesmo quem não tem acesso à internet e dificuldade de lidar, sempre tem alguém que ajuda: um vizinho, um filho, um neto, mas as pessoas vêm muito atrás para tirar dúvida e também fazer cadastro", explica.

Para Valéria Pereira, diretora da Unidade, vê a escola mais uma vez aberta traz uma esperança, ainda que o sonho seja que as atividades sejam normalizadas. "Tenho vindo pra cá todo dia, mesmo sem aula, a gente fica feliz porque está contribuindo com a comunidade. Agora, é torcer pra que isso acabe e tudo se normalize", finaliza.

Por: Glenda Uchôa - Jornal O Dia
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