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Gestão estadual enfrentará novos e velhos desafios durante mandato

Em conversa com especialista de três diferentes áreas, O Dia constata desafios e traça perspectiva para os anos que virão

08/10/2018 08:29

O resultado das urnas do domingo (7) deu a vitória a Welligton Dias (PT), que com cerca de 0355% dos votos válidos, comandará o executivo estadual pela quarta vez. O novo mandato irá exigir gerência de novos e velhos problemas durante os próximos quatro anos. Nesta matéria, em conversa com especialista de três diferentes áreas, O Dia constata desafios e traça perspectiva para os anos que virão.

Sendo o governador a figura que implementa, executa e administra políticas públicas voltadas para o bem-estar da população, na nova gestão, o representante estadual terá de administrar os percalços ainda tão presentes na segurança pública, envolvendo o controle das Polícias Civil e Militar. Também cabe ao cargo, construir e administrar os presídios públicos de todo o estado.

As rodovias estaduais são outra responsabilidade que ficam nas mãos do governador. É da gestão estadual o compromisso de cuidar da infraestrutura das mesmas, bem como de portos, aeroportos e sistemas metroviários.

A educação é uma área que também compete à função, principalmente no que diz respeito ao Ensino Médio e a segunda parte do ensino fundamental. O abastecimento de água e projetos de moradia populares também ficam a cargo dos estados e, consequentemente, do governador. Um emaranhado de responsabilidades e possibilidades levarão o Estado a enfrentar e superar os percalços ou ampliar ainda mais o fosse da resolutividade de problemas.


José Gayoso e Almendra traça perspectivas para os desafios na educação. Foto: Divulgação.

Educação de qualidade precisa focar na formação de corpo docente

É claro que a construção de escolas e estruturação de novas unidades faz parte de ações fundamentais para o reforço da educação pública no Piauí, mas essa estratégia não pode acontecer de forma isolada. É isso que ressalta o diretor do Instituto Qualidade no Ensino, o IQE, José Horácio Gayoso e Almendra, ao traçar perspectivas para os desafios da educação piauiense nos próximos anos.

“O diagnóstico que pode ser feito na Rede Estadual, que é de responsabilidade do Estado, não é diferente dos últimos anos que o Piauí tem enfrentado. Recentemente, foram divulgados os números do IDEB e, no Estado foi atestado proficiência estagnada, que não teve a evolução como deveria”, considera José Almendra.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2017 mostra que o Estado não conseguiu alcançar as metas estipuladas pelo governo federal para o Ensino Médio. A meta estipulada para o ano de 2017 no Piauí era de 4,3, mas o Estado chegou apenas aos 3,6 pontos. O Ensino Médio do Piauí também está 0,4 pontos abaixo da média do Ideb nacional, um apanhado do ensino em todas as escolas públicas no país, que é de 3,8.

“Tão importante quanto investimento em infraestrutura seria o investimento na capacitação dos professores, um programa estruturado na capacitação dos diretores de escola. A exemplo do que acontece com a rede municipal de Teresina, o Estado precisa caminhar e capacitar seus gestores de escola para que eles tenham ferramenta para fazer com que o projeto educacional seja implementado através do coordenador pedagógico e dos diversos professores”, ressalta José.

Para o especialista, é necessário que seja investida na capacitação docente não só de forma pontual, mas pensando de forma continuada e estratégica. “Isso não se pode ser objeto de propaganda, mas tem que ser objeto de substância. Hoje, o cenário do Piauí, a grande maioria dos professores tem acúmulo de funções por questões orçamentárias”, afirma Almendra.

O profissional cita o exemplo do município de Cocal dos Alves que, ao investir na capacitação continuada do corpo docente, foi o único a atingir o índice do Ideb no Estado.

Por: Glenda Uchôa - Jornal O DIA
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