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Grupo pede impugnação da Rainha Trans eleita em 2019

Segundo o GPTrans, a candidata vencedora não segue às exigências do edital onde é necessário ter vivência de transsexual ou travesti

02/02/2019 16:36

As majestades do carnaval de Teresina 2019 foram eleitas na noite de ontem (01), incluindo a categoria de Rainha Trans. Mas, segundo o GPTrans (Grupo Piauiense de Transexuais e Travestis) a candidata escolhida não atende às exigências do edital. Diante disso, o Grupo protocolou um pedido de impugnação contra a candidata eleita, Dani Venturini, junto à Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves. A coordenadora do GPTrans, Leonna Osternes, explica que o edital é bem claro com relação aos requisitos necessários para se candidatar.

De acordo com ela, o concurso é voltado para pessoas que tenham vivências diária de transexual ou travesti. “Nós, que sabemos a vivência dessa pessoa que foi eleita a rainha trans, estamos indignadas, porque ela não tem uma vivência de travesti e nem de transssexual. Ela é transgênero e no edital não contempla nem os transgêneros nem os gays, já que eles têm o espaço no concurso da rainha gay do carnaval. No dia a dia ela tem uma vivência masculina e se traja como homem, inclusive não tem receio de ser chamada pelo nome masculino, diferente de uma transexual ou travesti”, conta.

Leonna Osternes conta que no momento da inscrição, uma das representantes do GPTrans chegou a acionar a comissão da Fundação Municipal Cultural Monsenhor Chaves, órgão organizador do concurso, com o intuito de vetar a inscrição, mas o pedido foi ignorado. “Eles foram muito rigorosos do edital, mas na hora de avaliar isso eles são omissos nesse quesito, deixando passar a inscrição de uma pessoa que tem a vivência masculina, sendo que o concurso foi idealizado para transexuais ou travestis”, fala Leonna Osternes

O Portal ODIA tentou contato com a FCMC, mas ainda não obteve retorno. A reportagem também tentou contato com a candidata escolhida Rainha Trans de Teresina 2019, Dani Venturini, mas as ligações não foram atendidas.

Por: Isabela Lopes
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