“Esses terminais são bastante
importantes para a
cidade, não são ruins, mas
tem que olhar com cuidado,
como a gente observa no
caso do bairro Parque Piauí.
Ali é uma situação em que
já existe uma praça bem
maturada, bem estruturada.
Então, às vezes, uma
intervenção naquela área é
uma mudança importante,
mas tem que ter a participação
popular, porque não
adianta você ter apenas a
participação externa, mas
tem que ver se aquele local
é o melhor para a instalação
do terminal intermodal.
Nenhuma comunidade, nem
a do Parque Piauí, questiona
o terminal, mas tem que
ver isso com cuidado, com
cautela, e observar áreas
que estão sendo utilizadas.
Nada contra os terminais,
eles são importantes, mas
tem que analisar caso a caso
para diminuir o conflito”,
garante.
Outra aposta da Prefeitura
foi a criação de corredores
exclusivos de ônibus,
faixas em vias importantes
da capital onde apenas os
coletivos poderão transitar.
Isso tem como objetivo facilitar
o deslocamento através
do transporte público. Para
o especialista, a criação
do corredor exclusivo para
ônibus é muito benéfica
para a cidade, mas em
uma via urbana, uma via
arterial que não foi preparada
pra isso, como é o caso
ruas de apenas duas faixas,
isso impossibilita o uso
adequado dessa via para a
mobilidade.
Já o Estado aposta em
uma nova ponte, que
possui três faixas de rolamento
e está localizada
entre as pontes Juscelino
Kubistchek (centro–leste)
e a ponte Dirceu Arcoverde
(leste-centro). Ela é
uma das maiores e mais
aguardados intervenções
de mobilidade urbana de
Teresina.
“Tem que ser analisado
com bastante cuidado o
impacto que isso vai gerar
economicamente no entorno,
eu já ouvi de alguns comerciantes
que fica mais difícil.
Tem que analisar todos os
pontos positivos e negativos
para gerar o menor
impacto possível ao pessoal
instalado no entorno e que
também não acaba sendo
uma intervenção que não
vai ter resultado”, ressalta.
Sanderland ainda cobra
investimento em qualidade
de transporte ofertado à
população. “Tem que ser um
transporte de qualidade,
não qualquer coisa. Até
nossos ônibus, que não são
adequadas para pessoas
com deficiência, motoristas
mal treinados, a altura do
degrau muito alta que atrapalha
pessoas com deficiência
e pessoas idosas.
A tendência, segundo o
especialista, é que mesmo
com os empecilhos, a cidade
continue avançando em
mobilidade, já que essa é
uma tendência urbanística
nível mundial. No entento,
Teresina ainda tem muito
por evoluir. “Cada vez mais
a população questiona pela
mobilidade urbana, mas
a gente vê que os passos
para alcançar esse patamar
são “passos de tartaruga”,
em uma velocidade muito
devagar. A resposta do
poder público ela é muito
aquém, vem a conta-gotas.
São coisas que vão demorar
para serem alcançadas, mas
que a gente caminha para
isso”, finaliza.
Foto: Assis Fernandes/ODIA
Por: Glenda Uchôa - jornal O DIA