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Moradores cobram limpeza de terrenos baldios em loteamento

População teme que imóveis abandonados tornem-se pontos de proliferação do mosquito Aedes aegypti.

24/03/2016 07:21

Na luta contra o mosquito Aedes aegypti, todo cuidado é pouco. O problema é que, às vezes, o perigo não está em casa, e sim ao lado. No Loteamento Manoel Evangelista, zona Sudeste de Teresina, a quantidade de terrenos baldios chama atenção para um problema grave: o aumento do número de focos do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika.


Foto: Assis Fernandes/ODIA


Os moradores do Loteamento denunciam a falta de manutenção nos terrenos, que ficam completamente abandonados e cobertos pelo mato - condições ideais para a proliferação dos criadouros do mosquito. “Não adianta nada a gente fazer a nossa parte, se os vizinhos não contribuem. Aqui nessa região, são muitos terrenos abandonados, que só servem para colocar em risco a população”, reclama a moradora Roseli Oliveira.

Outro problema potencializado pelo abandono dos terrenos no Loteamento Manoel Evangelista é o acúmulo de lixo. Segundo os moradores, algumas pessoas aproveitam a situação para descartar entulho e, até mesmo, restos de animais, o que acaba causando um mau cheiro que incomoda os vizinhos.

“Tem gente que nem mora aqui perto, mas vem jogar lixo nesses terrenos. Aproveitam a hora que tem menos movimento na rua para trazer todo tipo de porcaria. Até geladeira velha já jogaram no terreno do lado da minha casa”, desabafa o morador Wilson Carvalho.

Outro morador do Loteamento, Francisco Nunes, lamenta a situação e teme os riscos causados pelo acúmulo de lixo nos terrenos baldios das proximidades. “É uma situação muito complicada e que coloca em risco a saúde de quem mora aqui. Já denunciamos várias vezes, mas parece que nenhuma medida mais rígida foi tomada para punir os donos desses terrenos”, pontua.

Contraponto

Procurada pela reportagem, a SDU/Sudeste, responsável pela manutenção e limpeza urbana na região do Loteamento Manoel Evangelista, informou que, no último levantamento realizado no local, foram identificados mais de 20 terrenos baldios. Os proprietários já foram notificados para realizar a limpeza e fazer outras alterações.

“Além de pedir a limpeza, estamos pedindo que o proprietário faça o muro e a calçada. Foi estabelecido um prazo de 60 dias para que eles cumpram o que está na determinação, caso contrário, ficam sujeitos a uma multa inicial de mil reais, e que pode chegar a até R$10 mil”, explica o gerente de fiscalização da SDU/Sudeste, Odaci Soares.

Ainda de acordo com Odaci Soares, a maior dificuldade encontrada pela SDU, no momento de realizar a notificação dos terrenos abandonados, é localizar os proprietários, que, em alguns casos, não residem mais na Capital. Ele explica que, caso não haja resposta por parte do proprietário ou algum familiar, a Prefeitura pode pedir a desapropriação do terreno.

“A gente continua buscando uma forma de resolver. Caso o proprietário não seja localizado, após todas as tentativas, a Prefeitura e a Associação de Moradores pode pedir, na justiça, a posse do terreno para que seja feito algum beneficio à comunidade. Mas isso é um processo muito demorado”, esclarece.


Por: Natanael Souza - Jornal O DIA
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