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Moradores pedem linha de ônibus que contemple o bairro Santa Rita

Quem mora no Residencial Bem Viver se queixa que os transportes coletivos passam a vários quarteirões e, assim, os assaltos são constantes

16/07/2015 07:09

Os moradores do Residencial Bem Viver, localizado no bairro Santa Rita, zona Sul de Teresina, reclamam da dificuldade de se descolarem pela região utilizando o transporte público. Isso porque a linha mais próxima passa pela Avenida 15 de Novembro, a vários quarteirões do Bem Viver, o que coloca em risca a vida e segurança da população. A operadora de caixa, Djanete Alves, relata que já foi assaltada seis vezes, três dessas em apenas uma semana, apenas no trajeto do residencial que mora até o ponto de ônibus. Ela conta ainda que o único transporte que passa pelo local são vans, mas que estas demoram bastante.

“Aqui é longe e deserto, e quem pega ônibus não tem outra opção senão ir até a avenida a pé, porque não passa ônibus aqui. A van que entra no bairro é via Shopping/ Miguel Rosa e não me serve; então eu sou obrigada a pegar ônibus lá no Morada Nova”, disse. 

Segundo a moradora, outras pessoas também já foram assaltadas no percurso de casa para o ponto de ônibus, o que deixa todos ainda mais amedrontados e apreensivos. Além de celulares, dinheiro e documentos, motocicletas já foram levadas por criminosos, inclusive deixando um morador ferido em estado grave. Djanete relata que diversos moradores já solicitaram que os coletivos passem pelas ruas do bairro, mas, até o momento, os pedidos não foram atendidos. 

A dona de casa Marlúcia Gomes também destaca que as vans que passam pelo bairro estavam em processo de teste de três meses, para averiguar a necessidade da demanda da população. Contudo, há menos de dois meses em funcionamento, os veículos já não circulam mais pelo local. 

Foto: Ana Paula Diniz/ ODIA

“Quando chega na entrada da rua, o motorista da van pergunta se alguém vai descer aqui no Bem Viver; se não for, ela nem entra, e se tiver alguém aqui esperando já não consegue pegar a van. Eu tenho três filhos pequenos, sendo que um ainda é de colo, e a dificuldade para levar eles para a escola é muito grande”, descreve. 

 População usa mototáxi para sair de casa e ir até o ponto de ônibus 

Sem ônibus que passe perto de suas casas e temendo assaltos no percurso de suas residências até o ponto de ônibus, alguns moradores são obrigados a contratar o serviço de mototáxi. As corridas variam entre R$ 5 e R$ 7, o que acaba pesando para quem precisa pegar o transporte, pelo menos, duas vezes ao dia, além de pagar a passagem de coletivo. 

“Quando eu posso, pego um mototáxi e vou até o ponto de ônibus, mas não dá para fazer isso sempre, porque, no final do mês, sai muito caro e eu praticamente estou pagando para trabalhar”, fala. 

O pedreiro Sebastião Pereira pontua que sua esposa utiliza o mototáxi todos os dias. Apesar do gasto extra, a medida é necessária. “Ela não vai a pé porque tem medo de assalto, então esse é o único jeito para ela sair daqui”, relata, acrescentando que a reivindicação dos moradores é antiga, e que a justificativa da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (Strans), para não colocar linha de ônibus na região, diz respeito à falta de acesso ao local. 

Resposta 

A Assessoria de Comunicação da Strans informa que a dificuldade em colocar linhas de ônibus na região está relacionada à dificuldade de acesso dos veículos. Contudo, técnicos da Superintendência irão ao local na próxima semana para fazer uma análise da região e da demanda dos moradores. Além disso, um estudo também está sendo feito para avaliar a inclusão do bairro na rota dos coletivos.

Por: Isabela Lopes- Jornal O DIa
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