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Não negligenciar saúde mental é fundamental para qualidade de vida

Para 2020, o não negligenciamento da saúde mental é fundamental para a garantia de uma sociedade com mais qualidade de vida.

02/01/2020 08:26

Falar sobre saúde mental, depressão, ansiedade e suicídio exige cuidados, mas os temas não podem ser deixados de lado, sobretudo em um cenário de crescimento dos casos de suicídio e diagnósticos de doenças psíquicas em todo o mundo. 

De acordo com especialistas, a dificuldade existe porque há estigmas e pouca compreensão da sociedade dando margem, com frequência, a visões que carregam preconceito

Muitas vezes, o tabu interdita a circulação da informação, o que é importante para evitar novas ocorrências de suicídio. Para 2020, o não negligenciamento da saúde mental é fundamental para a garantia de uma sociedade com mais qualidade de vida. 

“A maior parte das pessoas negligenciam sua saúde mental e acabam cometendo um grande erro, porque não existe saúde sem a saúde mental. Elas buscam auxílio no consultório de psicologia quando estão em grande sofrimento psíquico e fisiológico, devido elas não conseguirem mais se adaptar a sua rotina ou pela frustração de não conseguirem desenvolver suas atividades de vida diária. Isso não pode ser sempre deixado de lado”, alerta a psicóloga Maria Claudineia. 

Os sintomas de alerta para saúde mental são muitos e podem ser percebidos quando se manifestam não só o desgaste mental, mas também falta de concentração, dificuldade para dormir, constante tensão, nervosismo, medo de que aconteça coisas ruins, falta de energia, irritabilidade e perda de interesse pelas atividades que antes eram prazerosas.

 “A organização mundial de saúde alerta que a saúde precisa ter englobada a qualidade de desenvolvimento psíquico, físico e social, algo bem complexo porque nem todos têm esses fatores facilitados, mas é imprescindível que possamos buscá-los ainda mais neste novo ano, depois de tantos acontecimentos impactantes vivenciados coletivamente Brasil a fora”, avalia a especialista. 

A prevenção ao suicídio, por exemplo, deve ser estabelecida por meio de uma abordagem educativa e reguladora, com o objetivo de evitar hábitos que possam favorecer o aparecimento de transtornos mentais. 

Segundo a psicóloga, a prevenção pode ser feita através de campanhas de saúde pública, levando informações à comunidade e lembra que o tratamento adequado de certos transtornos mentais e comportamentais podem reduzir os índices de suicídio, sejam essas intervenções orientadas para indivíduos, famílias, escolas ou outros setores da comunidade em geral. 

“Atualmente a depressão e ansiedade são os transtornos que mais levam as pessoas a buscarem atendimento clínico em psicoterapia. Vários fatores contribuem para o estabelecimento dos quadros citados. Alguns estão estabelecidos na genética do paciente e são potencializados por contextos ambientais e comportamentais. Por isso, é muito importante, desde muito cedo, trabalhar com as crianças as habilidades para lidarem com suas questões emocionais, ajudá-las com as interações sociais e ensiná-las modelos positivos de solução de problemas”, finaliza.

Por: Glenda Uchôa
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