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Operários são ameaçados e expulsos de canteiro de obra de UBS

Duas obras destinadas à construção de unidades básicas de saúde foram interrompidas pelos antigos donos dos terrenos.

19/11/2015 18:42

A placa indicava o prazo de realização da obra e os operários iniciavam a preparação do canteiro quando foram obrigados a abandonar o terreno destinado à construção da nova Unidade Básica de Saúde do Bairro Cristo Rei, na zona sul de Teresina.

Segundo moradores da rua Padre Áurea, os trabalhadores teriam recebido mensagens ameaçadoras do ex-proprietário do terreno. Caso eles não saíssem rapidamente do local, seriam retirados à força.

No muro do terreno, que fica ao lado do condomínio Portal do Cristo Rei, é possível ver uma placa anunciando que o local está à venda. Por outro lado, nenhum operário trabalha na construção da UBS.

O presidente da Associação de Moradores do bairro Cristo Rei, Josenildo Pereira (o Careca), afirma que realmente havia a placa da obra no terreno há alguns dias. "Eu passava e via a placa da obra da UBS, mas depois de uns dias ela sumiu. Não sei o que aconteceu", afirma o morador, ressaltando que o mato já toma conta de toda a área.

No bairro Real Copagre, zona norte da capital, o problema se repetiu com a obra de outra UBS - que deve ser construída num terreno localizado no cruzamento da Rua Sotero Vaz da Silveira com a Rua Gonçalves Ledo. Neste caso, o antigo proprietário alega que não foi notificado no processo de desapropriação.

Um morador das proximidades, que não quis se identificar, confirmou que houve uma movimentação de obra no local, mas foi rápida, e logo os operários saíram.

De acordo com a Procuradoria Geral do Município de Teresina, as ações de desapropriação tramitaram regularmente, os depósitos judiciais já foram feitos e estão disponíveis para saque dos antigos proprietários.

Um ofício encaminhado pela Fundação Municipal de Saúde para a PGM indica que os ex-proprietários estão realmente impedindo o início dos trabalhos. No caso do Real Copagre, a alegação é o desconhecimento da ação de desapropriação. Já no Cristo Rei o antigo dono não apresentou qualquer justificativa para barrar a obra. 

Fonte: Da Redação
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