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Permissionários denunciam abandono do Terminal Rodoviário de Teresina

A criminalidade tem crescido, sobretudo, devido à presença de usuários de drogas e pedintes, que intimidam passageiros e comerciantes.

20/03/2015 07:37

Quem embarca, desembarga e, até mesmo, trabalha no Terminal Rodoviário Lucídio Portela, localizado às margens da BR-343, zona Sul de Teresina, têm reclamado do descaso com a estrutura do local e, principalmente, pelo aumento da violência. A criminalidade tem crescido, sobretudo, devido à presença de usuários de drogas e pedintes, que frequentam o local e intimidam passageiros e permissionários. 

Uma comerciante que trabalha no terminal há mais de 20 anos, mas prefere não se identificar, conta que é comum presenciar passageiros tendo suas bagagens roubadas. Ela explica que, como não há uma fiscalização ou presença de seguranças ou guardas, todos ficam expostos à ação dos vândalos. 

“Só o que a gente vê é a pessoa dizendo que teve a bolsa levada. Aqui, a pessoa vai ao banheiro e, se não tiver cuidado, tem a mala roubada. Ou então eles pegam alguma coisa e saem correndo. Aqui na Rodoviária está uma verdadeira terra de ninguém”, disse. Ela relata ainda que os crimes são cometidos por usuários de drogas que frequentam o terminal e que esses chegam a dormir no prédio, em banheiros e bancos, o que facilita também eles identificarem possíveis vítimas. 

Com medo, alguns passageiros temem até fazer saque em caixas eletrônicos instalados na rodoviária. “Esses pedintes ficam circulando como quem não quer nada; às vezes, colocam uma mochila nas costas para se passar de passageiros e ficam observando as pessoas, quem está sacando dinheiro, quem tem alguma coisa, aí vão lá e roubam”, descreve. 

Os furtos também são realizados enquanto o passageiro utiliza os banheiros. “Tem uma mulher que é usuária de droga que fica limpando o banheiro por uns trocados, mas, na verdade, ela está só vendo quem entra e sai. Até criança vem aqui pedir dinheiro, dizendo que é para comprar comida, mas na verdade ela vai comprar droga”, pontua. 

Outra comerciante, que também não quer se identificar, pede que o Conselho Tutelar acompanhe essas crianças e adolescentes. “Se a gente coloca um filho nosso para ajudar em casa, o Conselho Tutelar bate em cima, mas essas crianças aqui ninguém olha e faz nada. Aqui está tão perigoso que já teve briga e tiroteio, mas nem os seguranças têm coragem de fazer nada, porque eles também são ameaçados. Eles olham as coisas acontecendo e passam direto”, destaca.

Mais informações na versão impressa do Jorna O Dia desta sexta-feira (20).

Por: Isabela Lopes - Jornal O Dia
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