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Permissionários pedem revitalização do Balneário Curva São Paulo

Comerciante acredita que, como muitos quiosques não funcionam com regularidade, dá a impressão de que o local está abandonado.

08/04/2015 10:05

O Balneário Curva São Paulo, localizado no bairro São Sebastião, zona Sudeste de Teresina, sempre foi usado por moradores da comunidade e até de outras regiões da capital como um ponto de encontro e lazer. Desde que foi inaugurado, em 2007, muitos acreditaram que haveria melhorias e que o local se tornaria um dos principais pontos turísticos da capital. 

Entretanto, após as enchentes que atingiram a região, em 2008, o local passou por um declínio e o público perdeu o interesse em visitar o balneário. Sem frequentadores, muitos permissionários deixaram de abrir seus estabelecimentos e o balneário praticamente deixou de funcionar. 

Foto: Assis Fernandes/ ODIA

Atualmente, apenas seis boxes estão funcionando de forma regular. Segundo uma das trabalhadoras mais antigas do local, Antônia Maria do Nascimento, conhecida como Tunica, o que falta para que o Balneário voltar à ativa é a participação dos permissionários.

 Ela explica que muitos trabalhadores não abrem suas instalações e, sem atrativo, o público deixa de frequentar o local; por isso, a sensação de abandono. “Aqui não está abandonado, muitos permissionários ainda estão aqui. Eu mesma moro aqui no meu box e trabalho de 6h às 18h. Mas como as pessoas quase não abrem seus quiosques, a população acha que está abandonado”, disse. 

Para Tunica, ativá-los novamente seria o primeiro passo para tornar o Balneário Curva São Paulo novamente um atrativo para a cidade. Segundo ela, a manutenção dos quiosques é de responsabilidade dos proprietários e como alguns não mantêm as instalações em dia, os boxes terminam se deteriorando. 

“As pessoas mesmo que têm que ajeitar e divulgar que está funcionando. Mas só divulgam quando tem tiro e morte, aí as pessoas ficam com medo. Tem gente que pensa que aqui nem funciona mais, mas está sim, e se tem gente que não quer trabalhar, tem que dar espaço para quem realmente quer”, fala.

 Tunica não tem dúvidas: se os quiosques fossem reativados, a movimentação no Balneário Curva São Paulo cresceria e a realidade seria diferente do que é atualmente. “Se todo mundo se unisse e colocasse isso para frente, as pessoas voltariam a frequentar aqui, aí faríamos eventos, festa, e seria como antes”, finaliza. 

Segurança 

Um dos principais problemas que os permissionários destacam é com relação à segurança no Balneário Curva São Paulo. Segundo Tunica e Maria de Fátima Rodrigues, que trabalha há dois anos no local, a presença da polícia inibiria a prática de crimes e traria mais segurança para quem frequenta o local.

 “A primeira coisa que deveriam fazer é colocar a polícia aqui dentro, 24h, para as pessoas verem. Porque elas não vêm aqui por medo e não se sentem seguras. Aqui não é perigoso como dizem, mas criaram isso e todos acreditaram. Aqui é bom para se trabalhar e morar, mas o povo acha que tem malandragem, mas não tem”, disse Fátima Rodrigues. 

Tunica também destaca que a presença da polícia ou de um segurança particular poderia inibir a presença de criminosos. “Quando a gente estava ganhando um pouco mais, nós mesmos nos juntávamos e pagávamos uma pessoa para vigiar durante a noite, mas como a queda do movimento, tivemos que cortar esse gasto”, fala.


A reportagem completa você encontra na edição impressa do Jornal O Dia desta quarta-feira (08).

Fonte: Isabela Lopes- Jornal O Dia
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