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Permissionários reclamam de atraso da reforma do Mercado da Piçarra

Parte do espaço está em obras desde fevereiro do ano passado e as vendas dos comerciantes realocados estão caindo

31/03/2017 08:07

A reforma do Mercado da Piçarra, localizado no Centro de Teresina, está atrasada. Iniciada em fevereiro do ano passado, uma das partes da antiga estrutura foi demolida para dar lugar a uma nova, o que fez com que os permissionários que tinham bancas no local fossem realocados temporariamente em um prédio em frente ao Mercado. 

Teto e instalações elétricas estão sendo refeitos, além de outras mudanças (Foto: Moura Alves/ O Dia)

Os comerciantes reclamam do prejuízo que o atraso das obras acarretou nas vendas, principalmente porque não há nenhuma sinalização de conclusão da reforma. A permissionária Alzenira Conceição vende café da manhã e almoço há 29 anos no local e afirma que a reforma era para ter sido concluída em três meses; porém, passado esse tempo, não há um novo prazo de entrega. Segundo Alzenira, não é todo dia que têm pessoas trabalhando na obra e, a cada dia, os prejuízos, para quem tem banca na parte em reforma, aumentam. 

“Fomos os mais prejudicados porque éramos lá na frente do Mercado e estamos aqui no fundo, sem ninguém saber. O pior é que não tem previsão de quando vamos voltar. Disseram que é uma reforma rápida, viemos para passar três meses aqui e até agora não temos um retorno”, fala. 
A reforma visa a construção de novos boxes, colocação de nova cobertura no prédio, renovação do piso, além de nova estrutura para escoamento de água e uma renovação da parte elétrica. São 28 boxes que atenderão os antigos permissionários e a população que terá maior acesso ao local. 
 Prazos 
Segundo o gerente de Obras da Superintendência de Desenvolvimento Urbano da zona Sul (SDU/Sul), a estrutura do Mercado da Piçarra era muito antiga e muito baixa, fazendo com que não houvesse uma boa circulação de ar. A princípio, não iria ocorrer a demolição do prédio, no entanto, a estrutura estava bastante danificada, com pilares deteriorados, correndo risco de acidentes. 

Alzenira se sente prejudicada com o atraso da reforma (Foto: Moura Alves/ O Dia)

“Optamos por substituir a estrutura como medida de segurança. Só iríamos substituir a cobertura, mas vimos a necessidade de um novo prédio. Além disso, aumentamos a cobertura para melhorar o ambiente de trabalho e o clima para quem for consumir”, explica. 

O novo prazo para a entrega da obra é de mais três meses. Além disso, o gerente de Obras afirma que a SDU/ Sul está fazendo uma nova licitação para a reforma do restante do Mercado da Piçarra. Segundo ele, o objetivo é substituir a cobertura do prédio, melhorar a estrutura de banheiros e a acessibilidade.
Edição: Virgiane Passos
Por: Letícia Santos
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