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Piauí descarta lockdown mesmo com aumento dos casos de covid

Média móvel de casos está na casa dos 455 registros diários da doença. Bloqueios totais de atividades dependem dos municípios individualmente.

25/11/2020 11:39

A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) descartou falar em lockdown após o segundo turno da eleição em alguns municípios. De acordo com a Superintendência de Atenção Primária à Saúde, o momento é de orientar a população para o cumprimento das medidas sanitárias e deixar a cargo das autoridades municipais decidirem sobre eventuais bloqueios totais de suas atividades.

O Piauí vem vivendo uma alta nos registros de novos casos de covid-19 diariamente. De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, atualmente a média móvel de casos de coronavírus está em torno dos 451,9 casos por dia. Há uma semana, está era de 355,51 casos diários. Somente nesta terça-feira (24), o Piauí registrou 698 novos casos de covid-19.

As autoridades em saúde reconhecem este aumento e afirmam que o distanciamento social não está sendo cumprido, mas reforçam que não é uma possibilidade no momento se falar em lockdown a nível de estado.


Foto: Jailson Soares/O Dia

“O distanciamento não está acontecendo, as pessoas ávidas por sair do seu isolamento acham que este momento de pandemia findou e isso não é verdade. O vírus está aí, mas nesse momento a gente não fala em lockdown para o Estado. O prefeito e o setor legislativo de cada município pode tomar suas medidas devidas em relação à questão epidemiológica, mas hoje a nível de Piauí, não falamos nisso”, afirma Herlon Guimarães, superintende de Atenção Primária à Saúde da Sesapi.

Ele lembra que o Piauí tem pouco mais de 120 mil pessoas que já tiveram contato com coronavírus e que casos as medidas de prevenção não sejam seguidas à risca, há chances reais de o Estado chegar a uma segunda onda. “Estamos sim percebendo um aumento no número de casos e é extremamente importante, é um momento que está nas nossas mãos. Depende do que estamos fazendo enquanto medidas preventivas para que a gente possa controlar essa doença”, finaliza Herlon.


Herlon Guimarães, superintendente de Atenção Primária à Saúde da Sesapi - Foto: Assis Fernandes/O Dia

Imunização: vacinas são predefinidas em relação ao público-alvo

Ante à expectativa de uma vacinação em larga escala contra a covid-19 já no primeiro semestre de 2021, as autoridades em saúde no mundo inteiro estão começando a planejar seus protocolos de imunização em massa. Mas a despeito das especificidades de cada região, todos eles convergem em um ponto: os grupos de risco serão prioridade como público-alvo.

Conforme o planejamento da Sesapi, o Piauí será dividido em 11 regionais de saúde, mas para o critério de imunização, haverá alguns subgrupos ainda a serem definidos. A Superintendência de Atenção à Saúde explica que primeiramente o material imunobiológico chegará ao Piauí enviado pelo Ministério da Saúde e posteriormente serão transferidos para todas as regionais. 


Foto: Freepik

Ao chegar às regionais, todas as vacinas terão seu número predefinido segundo a população-alvo. “Ela será distribuída aos municípios que são os órgãos executores que fazem a vacinação. Ela sai das nossas regionais, se dirigem aos municípios e aí eles definem quais seus posto, seus profissionais e em que horários a vacinação deve acontecer conforme o público-alvo”, explica Herlon Guimarães.

No Brasil, receberam autorização para experimentos de larga escala as vacinas desenvolvidas pelo laboratório russo AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido/ a desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com as farmacêuticas Janssen e Pfizer, Biontech e Fosun Pharma.

Por: Maria Clara Estrêla
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