A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) descartou falar em lockdown após o segundo turno da eleição em alguns municípios. De acordo com a Superintendência de Atenção Primária à Saúde, o momento é de orientar a população para o cumprimento das medidas sanitárias e deixar a cargo das autoridades municipais decidirem sobre eventuais bloqueios totais de suas atividades.
O Piauí vem vivendo uma alta nos registros de novos casos de covid-19 diariamente. De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, atualmente a média móvel de casos de coronavírus está em torno dos 451,9 casos por dia. Há uma semana, está era de 355,51 casos diários. Somente nesta terça-feira (24), o Piauí registrou 698 novos casos de covid-19.
As autoridades em saúde reconhecem este aumento e afirmam que o distanciamento social não está sendo cumprido, mas reforçam que não é uma possibilidade no momento se falar em lockdown a nível de estado.
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“O distanciamento não está acontecendo, as pessoas ávidas por sair do seu isolamento acham que este momento de pandemia findou e isso não é verdade. O vírus está aí, mas nesse momento a gente não fala em lockdown para o Estado. O prefeito e o setor legislativo de cada município pode tomar suas medidas devidas em relação à questão epidemiológica, mas hoje a nível de Piauí, não falamos nisso”, afirma Herlon Guimarães, superintende de Atenção Primária à Saúde da Sesapi.
Ele lembra que o Piauí tem pouco mais de 120 mil pessoas que já tiveram contato com coronavírus e que casos as medidas de prevenção não sejam seguidas à risca, há chances reais de o Estado chegar a uma segunda onda. “Estamos sim percebendo um aumento no número de casos e é extremamente importante, é um momento que está nas nossas mãos. Depende do que estamos fazendo enquanto medidas preventivas para que a gente possa controlar essa doença”, finaliza Herlon.
Herlon Guimarães, superintendente de Atenção Primária à Saúde da Sesapi - Foto: Assis Fernandes/O Dia
Imunização: vacinas são predefinidas em relação ao público-alvo
Ante à expectativa de uma vacinação em larga escala contra a covid-19 já no primeiro semestre de 2021, as autoridades em saúde no mundo inteiro estão começando a planejar seus protocolos de imunização em massa. Mas a despeito das especificidades de cada região, todos eles convergem em um ponto: os grupos de risco serão prioridade como público-alvo.
Conforme o planejamento da Sesapi, o Piauí será dividido em 11 regionais de saúde, mas para o critério de imunização, haverá alguns subgrupos ainda a serem definidos. A Superintendência de Atenção à Saúde explica que primeiramente o material imunobiológico chegará ao Piauí enviado pelo Ministério da Saúde e posteriormente serão transferidos para todas as regionais.
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Ao chegar às regionais, todas as vacinas terão seu número predefinido segundo a população-alvo. “Ela será distribuída aos municípios que são os órgãos executores que fazem a vacinação. Ela sai das nossas regionais, se dirigem aos municípios e aí eles definem quais seus posto, seus profissionais e em que horários a vacinação deve acontecer conforme o público-alvo”, explica Herlon Guimarães.
No Brasil, receberam autorização para experimentos de larga escala as vacinas desenvolvidas pelo laboratório russo AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido/ a desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com as farmacêuticas Janssen e Pfizer, Biontech e Fosun Pharma.
Por: Maria Clara Estrêla