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Piauí registra redução no número de doenças causadas pelo aedes aegypti

Em 2017 foram registrados 5.141 casos de dengue em todo o Piauí. Já em 2018, o estado apresenta redução de 66% no número de vítimas: até o momento, são quase 1.730 casos.

05/12/2018 10:26

A necessidade de cuidar de reservatórios de água para que não acumulem água parada é cotidiana e a responsabilidade de todos. Com ações simples, é possível evitar a proliferação do mosquito aedes aegypti, que sozinho transmite quatro doenças diferentes: dengue, febre amarela, chikungunya e zika. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), o Piauí apresenta redução no número de casos de dengue, zika e chikungunya.

Em 2017 foram registrados 5.141 casos de dengue em todo o Piauí. Já em 2018, o estado apresenta redução de 66% no número de vítimas: até o momento, são quase 1.730 casos. Quando o assunto é chikungunya, a redução foi ainda maior em 2018 quando comparado com o ano anterior: queda de 91% no número de confirmações da doença. Em 2017 foram 6.337 casos e em 2018 o Piauí registrou 559 casos. Por fim, no caso da zika, doença que também é transmitida pelo aedes aegypti, foram registrados 86 ocorrências em 2017 e 23 casos em 2018, o que representa 71% de redução.

De acordo com Antônio Manoel Araújo, que é supervisor do Controle de Arboviroses, a redução significativa de ocorrências de dengue, zika e chikungunya ocorre por serem doenças cíclicas, que acontecem em maior número em determinados períodos.

População precisa permanecer sempre atenta para evitar proliferação do mosquito aedes aegypti (Foto: Assis Fernandes / O DIA)

“Existem momentos de maior ou menor ocorrência, mas se deve principalmente às ações de controle, preventivas que os municípios e a população adotam. Na falta dessas ações, o aedes aegypti volta a aumentar a sua quantidade e tudo volta como antes”, explica.

A fêmea do mosquito coloca os ovos na parede dos recipientes. Quando a água entra em contato com os ovos acaba por provocar o desenvolvimento da larva. Em um período de 7 a 10 dias nascem os novos mosquitos, em grande quantidade. Por isso, é necessário ter cuidado redobrado no período chuvoso que se aproxima. É necessário salientar ainda que, mesmo com a redução no número de casos, o que é um dado positivo para o estado, a população deve manter-se vigilante para que as estatísticas positivas não sejam revertidas.

Cuidado com a água parada

É muito comum vermos propagandas educativas buscando a conscientização acerca do cuidado em não deixar água parada em vasos de plantas, pneus, caixas d’água e outros locais que viram criadouros para o mosquito aedes aegypti.

O supervisor Antonio Manoel Araújo orienta que sejam realizadas ações de eliminação desses criadouros. “Tanto faz ser água limpa como suja, o mosquito hoje não tem mais essa escolha. As ações são de remoção, eliminação e proteção de recipientes. Aqueles recipientes que a população realmente precisa ter água, precisa ser bem tampado, para evitar que o mosquito acesse. Aqueles locais que não são necessários precisam ser recolhidos, colocados no lixo ou nos locais adequados”, aconselha.

No caso de pessoas que moram nas proximidades de terrenos baldios, que não passam por manutenção constante, “É preciso evitar que esse terreno desocupado se torne baldio [não jogando lixo no local]. Sem poder evitar isso, a pessoa deve comunicar a Prefeitura ou procurar o proprietário do local, que às vezes é uma pessoa conhecida, para fazer a limpeza do terreno”, afirma.

Fonte: Jornal O DIA
Por: Ananda Oliveira e Lalesca Setúbal
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