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Após fortes chuvas, Defesa Civil coloca 4 bairros de Picos em zona de risco

A Prefeitura da cidade desmentiu a informação de que teria decretado estado de calamidade. Secretaria Municipal de Educação fala em ceder escolas para abrigar famílias.

04/12/2018 11:06

Atualizada às 15h09min

No final da manhã de hoje (04) foi realizada uma reunião com representantes da Prefeitura Municipal de Picos e secretários municipais para tratar da questão das fortes chuvas que caíram sobre a cidade nos últimos e causaram danos à estrutura física do município e prejuízos aos moradores. Equipes da Defesa Civil de Picos traçaram demarcações nos locais que são consideradas áreas de risco e informou que irá destinar equipes para atuar especificamente nestes pontos.

De acordo com o secretário municipal de Trânsito de Picos, Edilberto Cirilo, entre as áreas de risco demarcadas estão o bairro Junco e bairro Pantanal, onde as águas da chuva desciam com maior fluxo e invadiram a pista, colocando em risco a segurança de quem transitava pelos locais. Nestes pontos, foram construídas barreiras para conter a quantidade de veículos trafegando e evitar possíveis acidentes. A ponte que liga os bairros Ipueiras e Junco teve que ser interditada devido ao aumento do nível do Rio Guaribas, que recebeu um grande volume de chuva em sua nascente.

Mais para o Centro de Picos, as equipes do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar estão trabalhando para controlar o fluxo de veículos nas ruas que ficaram alagadas. A ladeira que dá acesso ao bairro Bomba cedeu em uma parte, impossibilitando a passagem de carros e motos e a Prefeitura pede que até os pedestres evitem passar pelo local enquanto que os reparos são feitos. 

A Secretaria Municipal de Educação de Picos informou que, se for o caso, disponibilizará algumas unidades escolares para abrigar famílias que precisem deixar suas moradias por conta dos riscos de deslizamento e enchentes. A Prefeitura de Picos desmentiu ainda a informação de que teria decretado estado de calamidade na cidade. O decreto não foi dado e, no momento, as autoridades competentes estudam maneiras de amenizar os impactos da chuva na região.

Iniciada às 11h06min

O município de Picos, situado na região Centro-Sul do Piauí, tem sofrido com as chuvas que caem desde o final de semana. Na madrugada de segunda para terça-feira a chuva intensificou e provocou alagamentos e muitos transtornos para motoristas e pedestres em praticamente toda a cidade

Foto: Reprodução

Bruna Moura Fé é estudante do curso de Comunicação Social, da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) - Campus de Picos e relata as dificuldades que os moradores estão tendo com esta manhã chuvosa. “A chuva estava intensa até às 7h30, mas vem diminuindo aos poucos. Aqui a situação está difícil, porque as ruas estão alagadas e praticamente toda a cidade está embaixo d’água. A Avenida Transamazônica, a principal da cidade, está tomada pela água e os carros estão tendo dificuldade para trafegar porque a correnteza é forte e fica próximo de escolas e os alunos não conseguem atravessar”, conta.

Os carros que estão conseguindo passar de um lado para o outro da avenida precisam reduzir a velocidade, tanto por conta do volume de água como pelos buracos presentes na pista. As pistas da lateral da avenida também estão alagadas e com muitos buracos. E a dificuldade é ainda maior para motociclistas e ciclistas.


“Quem é da cidade e sabe mais ou menos como é a estrada até consegue desviar dos buracos, mas quem não é acaba se prejudicando e indo mais devagar, com isso forma um grande congestionamento de veículos. E ainda tem a questão de que os motoristas precisar ir devagar para não molhar os pedestres e alunos que estão indo para a escola. Eu mesma tomei um banho de um motorista”, acrescenta a estudante.


O acesso às escolas também está prejudicado por conta da chuva e alguns alunos não estão conseguindo chegar. Bruna Moura conta que, quem tem veículo próprio está conseguindo se deslocar, mesmo com dificuldade, mas quem precisa ir para a escola a pé está praticamente ilhado e impossibilitado devido à correnteza ser muito forte. Próximo ao Ministério Público há um bueiro entupido. Com isso, não é possível dar vasão à água, que se acumula nas ruas próximas.

Por: Isabela Lopes
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