Os óbitos em razão do novo coronavírus e novos casos confirmados dispararam na cidade de Picos, Sul do Piauí, após a permissão para reabertura do comércio local  e em municípios vizinhos. O número de pacientes com sintomas da doença que chegam ao Hospital Regional Justino Luz estão sobrecarregando a capacidade da unidade de saúde, segundo Fundação Estatal Piauiense de Serviços Hospitalares (FEPISERH).

O Hospital Justino Luz havia registrado nove óbitos provocados pela Covid-19 até o dia 9 de junho. Após 13 dias da reabertura do comércio na região, mais oito mortes foram confirmadas. O presidente da FEPISERH, Pablo Santos, utilizou esses números para pedir que a população siga as recomendações de isolamento social para evitar sobre cargas nos hospitais.

“Tivemos quase o dobro de óbitos em apenas treze dias após a flexibilização do isolamento social, por isso é importante que todos continuem fazendo o distanciamento social, pensando na sua proteção, além de fazer uso de máscara e higienização das mãos e ambientes”, disse Pablo Santos.

^{Hospital Regional Justino Luz, em Picos (Foto: Divulgação / FEPISERH)}

Ele alertou que desde o início pandemia, o Hospital Justino Luz, em Picos, 33 pacientes deram entrada em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da unidade e 17 faleceram devido as complicações da doença. O hospital tem 20 leitos intensivos exclusivos para o tratamento da Covid-19 e atende mais de 40 municípios.

“Desde o início da pandemia, o Hospital Justino Luz já recebeu 72 pacientes clínicos que testaram positivo para o novo coronavírus, com sintomas leves. Destes, 10 precisaram ser transferidos para UTI e 23 já deram entrada diretamente para a terapia intensiva, sendo que desse total de 33 que foram para as UTIs, 17 vieram a óbito”, informou.

A prefeitura de Picos iniciou a flexibilização do comércio local no dia 8 de junho. Um cronograma dividido em quatro etapas foi preparado para a reabertura. A última etapa acontece na próxima segunda-feira (29/06) com o retorno de bares, restaurantes e praça de alimentação em shopping centers. 

Por: Otávio Neto