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Por causa da pandemia, professores utilizam tecnologia para dar aula

Aulas no Youtube, questões via WhastApp e lives para explicar os conteúdos estão entre os recursos utilizados neste período.

31/03/2020 08:48

A tecnologia pode ser uma grande aliada da educação em meio à pandemia do novo coronavírus. No programa Cidade Olímpica Educacional, uma iniciativa da Prefeitura de Teresina, os professores decidiram não parar as atividades voltadas para as olimpíadas de conhecimento e estão fazendo uso das redes sociais e de aplicativos para interagir com os estudantes.

O professor de matemática Delano Moura explica que os estudantes têm o objetivo de se prepararem para as olimpíadas e, por isso, precisam sempre estar resolvendo questões.

"Eu já tinha um canal no Youtube que servia como extensão da sala de aula. Agora, com a crise do coronavírus que todo mundo tem que ficar em casa, eu estou intensificando um pouco com eles", diz Delano.

Por não saber quanto tempo o isolamento social vai durar, o professor publica listas de exercícios no grupo do Whatsapp, faz comentários das questões por meio de vídeos no Youtube e lives no Instagram.

"Nossos alunos são muito dedicados e até cobram se você prometer uma lista de exercícios e não colocar no horário. Eles fazem desafios nos grupos de estudo e sugerem materiais de leitura", revela.


Delano Moura prepara alunos para olimpíadas educacionais - Foto: Arquivo Pessoal

"Nem todos possuem Wi-Fi, mas têm celulares com pacote de dados"

A preocupação em dar continuidade ao processo de ensino que acontecia de forma presencial fez com que o professor de física, Raphael Ramon, também procurasse meios para continuar interagindo com os estudantes.

"Muitos dos nossos alunos apostam tudo o que têm na educação, como forma de transformar a vida deles. Sabendo disso e por amor ao que faço, não poderia parar com as aulas. Sabemos que nem todos possuem rede de Wi-Fi em casa, mas possuem celulares com pacote de dados de internet; com isso, tenho um grupo de WhatsApp que utilizo para orientar eles a respeito das atividades que devemos fazer", explica Raphael Ramon.

As atividades periódicas são padronizadas e enviadas para o grupo de alunos, onde há discussão das questões. Além disso, o professor está produzindo vídeos para explicar os conteúdos.

"O retorno dos alunos é sempre positivo, eles compram a ideia que é transmitida. É um trabalho pedagógico onde utilizo a empatia que tenho com eles pra motivá-los diante da dificuldade que podemos ter em algum momento", fala Raphael Ramon.

O professor diz ainda que tem uma sala de aula virtual, onde utiliza uma metodologia ativa, chamada de sala de aula invertida. Essa sala é feita utilizando os aplicativos do Google para educação. Através do aplicativo, Raphael consegue postar atividades e monitorar, ao passo que eles executam as atividades.

Por: Sandy Swamy, do Jornal O Dia
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