Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Promotor abre inquérito contra gestores da Sasc por precariedade de abrigos

Durante reunião com MP-PI, representante da Sasc culpou gestões passadas e disse que abrigos só podem ser reformados dentro de seis meses.

29/04/2015 15:48

O promotor de Justiça Sinobilino Pinheiro, da 45ª Promotoria de Justiça de Teresina, abriu um inquérito civil público direcionado ao secretário de Assistência Social e Cidadania do Piauí, Henrique Rebêlo, e aos demais gestores da pasta, com o intuito de pressioná-los a solucionar o mais rapidamente possível os graves problemas estruturais existentes nos abrigos masculinos e femininos do Estado.

Com o mesmo objetivo, o representante do Ministério Público do Piauí também decidiu expedir uma recomendação à secretaria e aos seus representantes.

As medidas foram anunciadas na manhã desta quarta-feira (29), durante reunião realizada entre o MP-PI e representantes da Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Sasc), na sede da Procuradoria-Geral de Justiça.

Na oportunidade, discutiu-se as condições precárias dos abrigos, que, além das deficiências estruturais, também apresentam sérios problemas no setor de recursos humanos.

Coincidentemente, a reunião entre MP-PI e Sasc ocorreu no mesmo instante de uma briga entre dois internos do Centro Educacional Masculino, que terminou com um deles gravemente ferido, com várias perfurações pelo corpo.

Durante a reunião, a psicóloga Liandra Nogueira, servidora do Ministério Público, mostrou uma a uma as precariedades observadas nos abrigos, tanto no aspecto físico quanto no setor de recursos humanos. Segundo a psicóloga, tais problemas provocam grandes prejuízos ao desenvolvimento dos jovens que se encontram internados.

A opinião foi reforçada pela assistente social Maria Luísa Lima, que também é servidora do MP-PI. Ela destacou, ainda, que a falta de segurança dos abrigos tem estimulado as fugas dos adolescentes, o que torna urgente a contratação de mais vigias para as entidades.

O representante da Sasc, Kennedy Feitosa, reconheceu o déficit no aspecto profissional, e mencionou, inclusive, os salários reduzidos dos profissionais.

Kennedy atribuiu a responsabilidade pelos problemas à inércia das gestões passadas do Governo do Estado. Ele reconheceu que as demandas mais urgentes devem ser priorizadas pela Sasc, mas salientou que os entraves financeiros por que passa o atual Governo podem dificultar a solução de todos os problemas observados nos abrigos.

Segundo Kennedy Feitosa, a estimativa inicial de reforma dos abrigos é de, no mínimo, seis meses.

Mais sobre: